Nova pandemia? O vírus zumbi descoberto no Ártico pode impactar a vida humana; saiba como 506f4z

Descoberto no início do mês de março, o vírus zumbi é um agente que estava há mais de 48 mil anos escondido e só foi encontrado por conta do degelo no Ártico 596h15

Com o avanço da tecnologia e com as transformações causadas pelo clima, novos organismos vão surgindo, sendo descobertos em locais inusitados. Neste mês de março, um vírus zumbi foi descoberto no Ártico e os cientistas só conseguiram achar o organismo por conta do degelo. Entretanto, além da atenção com as respostas do planeta ao aquecimento global, a divulgação de um agente que estava há mais de 48 mil anos escondido também despertou curiosidade e atenção.

Vírus zumbi foi encontrado após 48,5 mil anosVírus zumbi foi encontrado após 48,5 mil anos  – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND

Por mais que seja cedo para dizer o papel do vírus ou como pode agir em uma possível contaminação, a situação acende um alerta para outros inimigos que podem aparecer com o tempo — em locais congelados ou não.

A descoberta do vírus zumbi 4u2515

Tudo começou quando a equipe do Jean-Michel Claverie, professor de medicina, identificou um vírus que estava na parte descongelada do permafrost, na região do Ártico. O encontro só foi possível porque a equipe estava fazendo uma expedição na Sibéria.

Por mais que o agente escondido há 48,5 mil anos tenha chamado a atenção, esse não é o primeiro possível inimigo encontrado por eles.

A substância recebe o nome de vírus zumbi por ser algo que é capaz de sobreviver ao tempo – até mesmo nas temperaturas baixas da região. Outra característica é a possibilidade de contaminação, ação que deve ser estudada pelos cientistas para mapear as probabilidades.

“Quando um ser vivo é exposto a temperaturas negativas ou muito frias, existe uma tendência que ocorra um processo semelhante a hibernação, onde a maioria das funções acabam sendo pausadas ou diminuídas ao extremo. Com a descoberta deste vírus no Ártico, infere-se que isso possa ter, de fato, acontecido”, comenta a médica infectologista Carolina Cipriani Ponzi.

Existe a possibilidade de uma nova pandemia? 72z20

Seja pelos cenários criados pela ficção ou pelos acontecimentos recentes, a primeira dúvida que surgiu era sobre uma nova pandemia. Porém, a indicação é manter a calma! Mesmo que muitos já tenham em mente como podem surgir os casos e uma sociedade com diversos mortos-vivos, ainda não há nenhum tipo de confirmação.

“É possível que o vírus ainda seja viável, caso seja exposto a uma célula animal ou vegetal que seja suscetível a ele. No caso desse vírus encontrado no Ártico, sabe-se que ele tem a capacidade de infectar amebas”, explica Carolina.

No entanto, o funcionamento do organismo é diferente e nada indica uma mutação do vírus zumbi, algo que possa colocar a raça humana em xeque. Por mais que os estudos estejam nas fases iniciais, algumas características já são conhecidas.

“Sabe-se, por exemplo, quais são os mecanismos fisiológicos da imunidade contra patógenos virais, ou seja, quais substâncias inflamatórias são produzidas para o combate ao vírus. Entretanto, não se sabe que tipo de doença o vírus causaria”, diz a infectologista.

Vírus zumbi x aquecimento global 1xl4k

Você já deve ter percebido a constante mudança de temperatura, não é mesmo? Seja nos dias mais quentes do ano ou até mesmo durante o frio, o clima está seguindo uma tendência de alteração contínua.

Conforme dados da Organização Meteorológica Mundial, órgão das Nações Unidas (ONU), entre 2015 e 2022 a humanidade ou pelo período mais quente da história.

A alteração é uma consequência do aquecimento global – ação que está afetando a vida dos seres vivos, contribuindo com o aparecimento de agentes antigos e na descongelação de regiões conhecidas pelas geleiras.

Assim como o vírus zumbi que foi encontrado neste mês, as transformações devem acender o sinal de alerta. “Esta é uma das preocupações sobre o aquecimento global e o degelo das calotas polares”, finaliza a especialista.

Por que é importante estudar vírus antigos? 1t6w5b

Por mais que a notícia do estudo tenha assustado muitos internautas, existe uma explicação pela busca, afinal, o estudo das substâncias é o primeiro o para fugir do vírus zumbi.

Além de acompanhar os vírus que podem surgir de formas inusitadas, como a Covid-19, os cientistas também são responsáveis por acompanhar aquilo que já afligiu a sociedade em outros momentos da história. É assim que a ciência consegue mapear o que pode acontecer, quais são os fatores de risco e quais seriam as consequências.

4 vírus mais mortais d1b5b

Mesmo que os últimos anos tenham sido marcados pelo receio da Covid-19 e agora pelo surgimento de um vírus zumbi, a contaminação humana não é algo novo.

Em outros momentos da história alguns agentes contaminaram diversas nações, causando milhares de mortes. Confira a lista com alguns dos vírus mais letais:

1. Gripe espanhola

O primeiro caso foi registrado em 1918. Em um contexto que envolvia a Primeira Guerra Mundial, muitos países foram atingidos, causando milhões de casos e mortes em todo o mundo.

Mesmo depois de tantos anos, ainda existem controvérsias sobre o surgimento da doença. Em um período em que informações não eram divulgadas, principalmente pelos países que estavam imersos no confronto, aplicando a censura à imprensa. A Espanha foi a primeira a noticiar os casos.

Os dados eram omitidos com o objetivo de manter a força das tropas, já que os inimigos não podiam descobrir as fraquezas do contingente. A doença causada pelo vírus influenza também chegou no Brasil, atingindo grande centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

2. SARS

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) também é uma patologia que é causada por um coronavírus. O primeiro caso foi registrado em 2003 na China, mas não demorou muito para que os países vizinhos começassem a registrar surtos da doença.

Assim como os demais vírus que afetam o sistema respiratório, a contaminação é por meio de gotículas que podem ser transmitidas pelo ar ou em superfícies contaminadas. Febre, dor de cabeça e fadiga são alguns dos sintomas.

3. H1N1

Entre 2009 e 2010 o mundo ou por uma nova ameaça, dessa vez por conta do vírus Influenza ou gripe suína, como o surto ficou conhecido. Em dois meses após o primeiro caso, diversas nações já estavam em estado de atenção, ocasionando mais de 18 mil mortes.

Febre, dor intensa no corpo e falta de apetite eram alguns dos sintomas. No país, mais de 60 mil pessoas foram infectadas, motivando a campanha de vacinação em 2010, imunizando dezenas de brasileiros.

A mesma campanha segue todos os anos, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Atualmente a vacina ofertada já protege contra o vírus da H1N1.

4. Ebola

Tão temido quanto os outros agentes, o ebola é conhecido por causar inúmeras mortes e afetar diversas nações da África. Os primeiros casos foram registrados em 1976, mas a principal epidemia aconteceu em 2013, seguindo até 2016. Os países que sentiram o efeito do vírus foram da África Ocidental, registrando mais de 10 mil mortes.

Diferentemente dos outros inimigos, neste caso a taxa de letalidade é alta e os sobreviventes podem conviver com problemas que afetam a saúde mental.

Febre, dor de cabeça, vômito e diarreia são alguns dos sintomas. O hospedeiro é o morcego e a contaminação ocorre por meio de fluídos e do sangue.

Para combater a cepa mais letal, uma vacina foi aprovada pelas agências que regulamentam a saúde nos Estados Unidos e União Europeia. Alguns países do Continente Africano também aprovaram o uso da solução.

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