Compreender a movimentação dos astros no Sistema Solar e a relevância de cada planeta para o universo pode ser uma tarefa que vai além das aulas de Ciências. Prova disso é Gabriel Steuernagel, 15, responsável por criar uma maquete automatizada expondo o sistema planetário. O item foi produzido durante os encontros de robótica na Escola Municipal Enfermeira Hilda Anna Krisch, em ville.

A proposta de estudar o Sistema Solar partiu da professora de Ciências Dayane Soares de Moura. O desafio para o oitavo ano era simples: produzir uma maquete do Sistema Solar. Entretanto, foi no contraturno que a tecnologia ou a fazer parte do processo, nos encontro com a professora integradora de mídia e metodologias, Daniela Luiza Garcia — a sugestão de unir os componentes curriculares foi do estudante Gabriel.
“Ele desenhou primeiro no papel e fomos fazendo os testes. Depois se motivou a trazer os colegas da equipe para a aula, para mostrar o mecanismo. Eles montaram um texto, uma apresentação e construíram a maquete”, conta Daniela, salientando que alguns materiais foram coletados na própria escola, como ferros e arames.
Marcado por tentativas, acertos e erros, o planejamento no papel e a programação resultaram em seis encontros entre o grupo, desenvolvendo habilidades além da compreensão sobre o Sistema Solar.
“Envolvemos a matemática, os cálculos, os valores no aplicativo, a lógica, o raciocínio, mas principalmente as habilidades socioemocionais”, pontua a professora integradora, que antes era responsável pelas aulas de artes, mas que viu na tecnologia uma oportunidade para trabalhar a aprendizagem significativa por meio de experiências.
Para o idealizador, a entrega superou as expectativas, indo ao encontro do que o grupo esperava apresentar em sala de aula. “A parte mais fácil foi a programação e a mais difícil foi a montagem, porque as peças apresentavam dificuldades para se encaixar, cada uma com seu limite”, pontua Gabriel, que além da proximidade com a tecnologia, superou o receio de falar em público, apresentando a iniciativa para os colegas.
Automatizando o Sistema Solar 2i27b
Para que os planetas se movessem na ordem correta, levando em consideração a posição de cada um no Sistema Solar, mais do que escolher os itens corretos ou aprimorar o planejamento, foi necessário compreender a programação e os materiais que estavam disponíveis na unidade.
Por mais que esse seja o primeiro ano na robótica, a proximidade de Gabriel com a tecnologia foi decisiva, relação que começou a ser aprimorada no início do ano com a leitura dos manuais e a experimentação de peças.
“É muito interessante porque você constrói o seu processo, e esse processo é cheio de acertos e erros. Você acaba tendo que buscar uma forma de resolver os problemas. É uma atividade de acertos e erros, então são tentativas e descobertas, e o processo está o tempo todo ando por correções até chegar no final”, explica Daniela, mencionando que os encontros no contraturno também são alternativas para alunos que têm necessidades especiais.
O comando para a movimentação e rotação dos planetas foi possível por meio da placa microbit, responsável por controlar cada astro na direção programada.