Com o objetivo de fortalecer a atuação dos educadores na construção de práticas educacionais que atendam à diversidade e a inclusão, o II Seminário de Educação Inclusiva reuniu na última quinta-feira (9), em Blumenau, mais de 600 professores das unidades escolares da rede pública estadual de ensino do município.

Educadores da educação especial de Luiz Alves, Gaspar, Ilhota e Pomerode, também estiveram no evento, e participaram de um dia inteiro de capacitação, que visa contribuir para a formação continuada dos professores.
De acordo com a coordenadora da CRE (Coordenadoria Regional de Educação) de Blumenau, Cleusa Kratz, para construir uma sociedade mais justa e igualitária, que reconheça a diferença humana, é preciso começar pela educação, promovendo um ambiente escolar diverso, inclusivo e acolhedor.
“Toda escola precisa estar preparada para oferecer uma educação que atenda todas às necessidades dos nossos alunos. Nossa regional tem em média 33 mil alunos, cerca de 10% possuem pareceres favoráveis para contratação de um professor que faça um trabalho diferente com esse educando, a ponto que ele se sinta parte do todo”, explica.
“Parceria e colaboração são palavras-chave para que a inclusão seja efetiva no contexto escolar, garantindo o, permanência e participação de toda comunidade escolar. O seminário tem por objetivo a valorização desses profissionais da educação especial, que diante das dificuldades enfrentadas no dia a dia fazem o diferencial com seus educandos”, complementa.
Incentivar práticas que desenvolvam a inclusão 5c3331

Em sua segunda edição, o seminário contou com palestras e rodas de conversas sobre a importância do direito à educação para todas as pessoas, especialmente sobre o trabalho de professores que atuam com os alunos cegos, contribuindo para um aprofundamento sobre as relações entre inclusão e educação, igualdade e diferença, na sua complexidade.
Segundo a supervisora de gestão escolar da Gerência de Educação de Blumenau, Simone Aparecida Bianchi, a ideia é desenvolver um diálogo com teorias pertinentes em relação ao desenho universal, a reflexão da importância da avaliação e das práticas pedagógicas na educação especial, além de instrumentalizar os educadores para o exercício de seu papel como agentes da inclusão nas unidades de ensino da rede estadual de Santa Catarina.
“Queremos que as pessoas entendam que o professor de educação especial faz um trabalho magnífico e precisa ser respeitado e valorizado. Nós temos um respeito muito grande por eles e lutamos para que todas as deficiências e transtornos sejam realmente atendidas, por isso a necessidade de reconhecer e valorizar esse trabalho”, destaca.
Durante todo o dia, os profissionais tiveram a oportunidade de ouvir palestrantes que falaram sobre a educação especial na perspectiva da educação, deficiência visual na inclusão escolar, deficiência auditiva e seus desafios, além do qual o papel dos professores na educação inclusiva.
Palestras 3b4v48
Durante o evento foram realizadas palestras com profissionais da área. O evento começou com a palestra “Seja Forte, Minha Nova Vida”, de Silvana Santos, que deu seu testemunho de vida, contando como ou a fazer parte do público da educação especial e como o trabalho desses professores é fundamental na vida de pessoas com deficiência.
Na sequência aconteceu a palestra do coordenador da educação especial na Gerência Modalidades e Diversidades Curriculares da SED, Anderson Rodrigo Floriano. Ele falou durante três horas sobre a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Após o intervalo, foi realizada uma roda de conversa para debater o que havia sido apresentado durante a manhã. Na parte da tarde, o seminário trouxe o tema: Ressignificando a Deficiência Visual na Inclusão Escolar, abordado por Lizandra Sgrott, especialista em AEE (Atendimento Educacional Especializado).
Para finalizar, a segunda professora, intérprete e professora bilíngue na rede estadual Dulcinéia Assis de Paula, tratou sobre os desafios de novas práticas educacionais no contexto inclusivo da deficiência auditiva/surdez.