Projeto de alunas mobiliza comunidade escolar para arrecadação de absorventes descartáveis 255o

A falta de o a recursos básicos, como absorventes descartáveis, coloca a saúde de meninas em risco e influência na evasão escolar 2u664i

De acordo com o relatório de 2020 feito pela ONU, cerca de 10% das estudantes não frequentam a escola no período menstrual. Os motivos incluem a falta de o a recursos básicos de higiene, como absorventes descartáveis, até questões estruturais que envolvem saneamento básico e conhecimento sobre o tema.

Alunas seguram os absorventes descartáveis arrecadados na escolaAlunas criam projeto que disponibiliza absorventes descartáveis na escola – Foto: Renata Bomfim

Para facilitar o dia a dia das amigas, três alunas da Escola Municipal Pauline Parucker, em ville, criaram um projeto de arrecadação de absorventes descartáveis.

Isso porque o fluxo, que pode vir em momentos inesperados, se torna motivo de piada entre os colegas da turma – o que pode deixar a aluna constrangida – causando impactos psicológicos.

Como foi o caso da estudante Thifany Cristini Torres, 13, uma das idealizadoras. “Eu acabei menstruando em sala. Quando cheguei ao banheiro, não tinha absorvente, voltei para sala, os meninos começaram a rir, porque tinha vazado na roupa”, relembra.

A jovem se uniu a Vitória Castoldi Hoepers, 13, e a Isabelly Christanek Dulovino, que juntas desenvolveram uma iniciativa que disponibiliza absorventes descartáveis em cestinhas nos banheiros da unidade, com frases que contribuem para o desenvolvimento da autoestima das estudantes.

O movimento, que começou neste ano, tem se sustentado por doações feitas por toda a comunidade escolar.

“A gente fez o movimento de você pegar quando precisa, mas de colocar quando tiver um sobrando. E a gente observou que as cestinhas estão cheias, então, as meninas aderiram”, relata Rafaella de Sá Moreira Botelho, diretora da unidade.

Para despertar a consciência de todos os estudantes sobre o assunto, as alunas, acompanhadas da diretora, visitaram as salas de primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental para falar sobre questões de saúde da mulher.

“A gente entende que precisa quebrar esse tabu. Não tivemos problema com ninguém, todo mundo abraçou a causa, inclusive crianças do primeiro ao quinto, que a maioria não menstrua, ficou interessada”, comenta a diretora.

O o à higiene menstrual é assunto de saúde pública e de direitos humanos, reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que estima que uma entre dez meninas faltam às aulas por não ter condições de comprar absorventes descartáveis – um dos itens básicos de higiene – e limitam todo o seu desenvolvimento estudantil.

Por mais que a pobreza menstrual seja um tema em alta, muitas pessoas não se aprofundam no assunto –   que ainda é um tabu na sociedade.

Entretanto, a questão é discutida em todo o país e mobiliza diversas ações dentro das escolas, principalmente porque um dos grandes problemas causados pela pobreza menstrual tem relação com a evasão escolar – nos casos de meninas que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Além dos absorventes descartáveis 3f2u5m

A menstruação não costuma ser um assunto discutido facilmente nas rodinhas de conversa ou amplamente discutido nos espaços escolares.

A questão é que essa falta de informação, além de gerar preconceito, ainda vira um problema sobre a saúde da mulher que, por vergonha, deixa de ir ao ginecologista e de ter conhecimento sobre o seu próprio corpo – o que se torna preocupante para a sua própria saúde reprodutiva.

Além da falta de o básico de higiene, veja como a pobreza menstrual afeta o dia a dia de meninas e mulheres que estão com o ciclo ativo.

Na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, a média de idade para a primeira menstruação, em meninas brasileiras, é de 13 anos.

A primeira experiência menstrual deve acontecer entre 11 e 15 anos, sendo o início dela na vida de meninas ainda no Ensino Fundamental.

A falta de o a recursos mínimos de higiene pessoal no período menstrual pode afetar a saúde da mulher com desenvolvimento de infecções, alergias, irritações, além de questões emocionais que podem ser desenvolvidas por conta da pobreza menstrual.

Isso tudo quem diz é o próprio relatório da Unicef. A pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostrou que 6,5 milhões de mulheres não frequentam ginecologista-obstetra, sendo que 4 milhões nunca aram por uma única consulta.

No mundo, 1 entre 10 meninas não vai à escola no período menstrual, de acordo com a ONU.

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