O trânsito não é feito apenas por motoristas ou pilotos de veículos motorizados, mas por todos nós que circulamos por vias e caminhos públicos, seja a pé, de bicicleta, de skate ou de patinete, entre várias outras formas de transporte – e pouca gente se liga nisso.

Conhecer para respeitar as leis deve ser algo que vem desde sempre, por isso vamos falar um pouco mais sobre isso.
Maior causa de morte entre os jovens 45r51
Infelizmente, o trânsito também é uma questão de saúde pública, isso porque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa foi a maior causa de mortes de pessoas entre cinco e 29 anos no mundo, em 2018, com 1,35 milhão – os dados são de antes da pandemia causada pela Covid-19. Já em 2021, no Brasil, 45 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito e outras 300 mil ficaram gravemente feridas.
Os números são das vidas perdidas diretamente, o que já é bastante grave, mas indiretamente o problema causa um efeito dominó ainda maior, lotando as estruturas de atendimentos à saúde e gerando custos na casa dos R$ 50 bilhões, que poderiam ser investidos em educação, infraestrutura, saneamento básico e diversas outras necessidades.
É por dados como esses que a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou como meta a redução em 50% dos acidentes de trânsito, algo a ser alcançado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O maior cuida do menor 485k5z
Quem tem irmão sabe: o mais velho cuida do mais novo. No trânsito, a lógica é a mesma: o veículo de maior porte cuida do menor. Ou seja, o pedestre é o componente mais vulnerável dessa equação, seguido pelos veículos não motorizados, os motorizados de pequeno porte e os motorizados de grande porte.
Isso não quer dizer que os “pequenos” não tenham seus deveres, muito pelo contrário, mas a lógica por trás disso é garantir a segurança de todos os envolvidos e diminuir as chances de acidentes fatais, que vitimam, geralmente, ageiros de veículos mais frágeis e pedestres.
Muita calma nessa hora qj5j
Buzinaços e xingamentos são ouvidos aos montes no trânsito e isso mostra muito sobre os problemas que temos a resolver. A pressa é a inimiga do trânsito, pois quanto mais rápido, maiores são as chances de erros e acidentes. Estima-se que cada 1,6 km/h reduzido resulta em menos 6% de mortes.
Além disso, curiosamente, a pressa deixa as coisas mais lentas no trânsito, afinal de contas, acidentes fecham vias e causam filas. E mais: o trânsito precisa fluir, e ter paciência é essencial nos espaços urbanos.
Diversos estudos demonstram isso, a ponto de grandes cidades da França, Espanha, Holanda, Bélgica e dos países nórdicos terem adotado o limite de 30 km/h. A medida é resultado de diversos estudos de mobilidade e, cada vez mais, implementados em grandes cidades, como Nova York e São Paulo.
É como se cada carro fosse o vagão de um trem, logo, eles precisam andar no mesmo ritmo. Então imagine uma via de 30 km/h em que um carro tenta andar a 50 km/h, ele vai ter que frear bruscamente para evitar um acidente. Os que estão atrás dele e o seguem como referência, idem.
E para retomar a velocidade normal, todos esses veículos demoram mais do que se tivessem apenas mantido os 30 km/h. Isso com centenas de carros causa um efeito dominó e, mesmo sem acidentes, atrasa todo mundo.
É sempre importante lembrar 5f5ev
É fundamental ser proativo no trânsito, agir para o bem do todo. Então tenha sempre em mente que o uso de equipamentos de segurança é importantíssimo.
Se você é ciclista – e quando for motociclista –, use capacete; se você é ageiro, coloque o cinto e sente-se respeitando seu espaço; quando você for motorista, use os equipamentos de segurança, revise sempre seu veículo, tenha uma direção defensiva e conscientize os demais.
Outro fator importante é a concentração. Não é todo dia que estamos 100% atentos e, muitas vezes, isso pode ser fatal. Por isso, sempre preste atenção no que está fazendo no trânsito, seja você um pedestre atravessando a rua, um ciclista em uma calçada ou um motorista em uma rua tranquila.
O uso do celular, por exemplo, é uma das principais causas de acidentes. Fones de ouvido ou som alto, idem. Use todos seus sentidos para perceber o trânsito à sua volta com o mínimo de distrações. E é sempre bom lembrar: álcool e direção não combinam.
A essência de todas essas dicas é: tenha empatia. Apesar de vermos apenas carros, caminhões, motos, bicicletas, ônibus etc. é importante lembrar que o trânsito é feito por pessoas e você já esteve em papéis diferentes: é pedestre, ciclista, ageiro e será motorista ou piloto um dia. Então lembrar como é estar em outro papel nos faz ser mais respeitosos no trânsito e colocar a vida em primeiro lugar.