
Não é um panorama clássico, e nem leva esse termo, mas a mostra coletiva que integra a 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba – Polo SC acaba por mostrar um bom recorte da produção de novos artistas e também dos já estabelecidos que são de Santa Catarina ou trabalham no Estado.
“Fronteiras em Aberto”, com abertura neste sábado, às 17h, no Masc (Museu de Arte de Santa Catarina) exibe trabalhos de 58 artistas e também coletivos, entre pintura, fotografia, cerâmica, escultura e instalação.
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No mesmo dia, ainda dentro do polo catarinense da bienal paranaense, abrem também no Masc, três individuais: “Depoisantes, de Fernando Lindote, “Fardo”, de Diego de Los Campos e “Des-Tempo”, de Meg Tomio Roussenq.

Tanto a coletiva, como as individuais entram no tema da bienal, “Fronteiras em Aberto”, refletindo limites expandidos tanto em termos de geografia, do corpo e também da subjetividade.
A comissão de seleção foi composta pela equipe curatorial do Polo SC Francine Goudel, Juliana Crispe e Sandra Makowiecky, e teve também a participação dos curadores, pesquisadores e gestores, Daniele Zacarão, Franzoi, Fernando Boppré e Susana Bianchini.
“Cada um deles representou uma macrorregião catarinense e assim também eles nos deram um respaldo, quando a gente desconhecia o trabalho de um artista de outro local. Desta forma, mesmo não sendo um panorama, acaba sendo, dentro do universo das inscrições”, explica a artista e curadora Francine Goudel.
Individuais potentes f4b5
O artista Diego de Los Campos mostra em “Fardo” uma instalação de um corpo “cansado” – por isso o nome – que se move diante de uma máquina com um sensor de presença. A proposta reflete a questão das “máquinas que engrenam os corpos na contemporaneidade parecem operar sob orquestras que partem de uma cultura midiática que cria ritmos padronizados, engessamentos, imobilizações dos corpos-fardos que, quando em espasmos, se movem por outras mãos que não os deixam ser livres”.
Fernando Lindote demarca em “depoisantes”, uma reflexão sobre o sentido de procedência, a gênese e expansão da história da arte, literatura, filosofia.
Por fim, Meg Tomio Roussenq propõe em “Des-tempo” atravessar camadas da memória, do corpo-carne, da impermanência, das paisagens. A artista faz um diálogo com o acervo do Masc, na verdade, com sua própria que está na salvaguarda do museu.
Serviço: 1k4b5u
O quê: Abertura das exposições coletiva “Fronteiras em Aberto”, Depoisantes, de Fernando Lindote, “Fardo”, de Diego de Los Campos e “Des-Tempo”, de Meg Tomio Roussenq
Quando: 28/9, 17h
Onde: Masc, av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica, Florianópolis
Quanto: Gratuito
Artistas da exposição coletiva: 651w1c
Adriana Mdos Santos, Alejandro Lloret, Aline Dias, Andrea Eichenberger, Andressa Argenta, Andrey Roca, Anna Moraes, Atomic Shadows Art (Marco Ramos e Olavo Kucker), Claudia Zimmer, Coletivo Inço (Diana Chiodelli e Audrian Cassanelli), Cristina Brattig Almeida, Cyntia Werner, Diego Rayck, Dirce Körbes, Dora Naspolini, Elke Hulse, Fabio Dudas, Fê Luz, Flávia Duzzo, Gustavo Reginato, Henry Goulart, Ilca Barcellos, Isadora Stähelin e Sofia Brightwell, Jairo Valdati, Jan M.O, Janaina Corá, Janor Vasconcelos, João Miot, José Maria Dias da Cruz, Kellyn Batistela, LaÏs Krücken, Leandro Jung, Leandro Maman, Leandro Serpa, Lena Peixer, Letícia Cardoso, Lilian Barbon, Lucila Horn, Marivone Dias, Marta Facco, Marta Berger, Martha Ozol, Odete Calderan, Patricia Di Loreto, Ricardo Ramos, Rosane Cechinel, Rosangela Becker, Sara Ramos, Sarah Uriarte e Kim Coimba, Sebastião G. Branco, Simone Milak, Sofia Brito, Sonia Loren, Tarcisio Ullrich e TiroTTi