Sobre rodas, coreografias e o ritmo da música, ela sentiu que havia encontrado um talento e uma vocação. O tempo parece voar quando está praticando, que nem quer parar. Ao fundo, escuta a voz da treinadora falando: “Valentina, o treino de hoje acabou”.

Treinos e mais treinos. Técnicas, movimentos e os julgamentos dos jurados. É preciso coragem para seguir um esporte profissionalmente, já que exige muita dedicação. E quando essa descoberta é, por sorte e destino, feita cedo, com o apoio da família, as barreiras parecem ficar ainda menores perto dos sonhos.
Trecho de uma das apresentações da Valentina – Vídeo: Arquivo Pessoal/Cedido/ND
Valentina Machado Cesconetto, natural de Florianópolis, tem apenas 11 anos. Apesar da pouca idade, está certa dos seus sentimentos: é apaixonada por patinar. Ela tem essa certeza desde os quatro anos, quando calçou pela primeira vez os patins, que na época ainda eram de brinquedo, e sentiu o vento no rosto na rampa ao ar livre de São José, na Grande Florianópolis.
A mãe, o pai e o irmãozinho, de quatro anos, são os maiores apoiadores da jovem. Ao ver o brilho nos olhos da filha com os patins, decidiram trocar os de brinquedo por um profissional. “Aí que começou minha paixão pelas rodinhas (…). Eles sempre me incentivam nas minhas ideias malucas”, conta com a voz doce.

A garota começou a ter aulas para patinar sobre rodas e não demorou muito para se destacar. “Eles viram que eu tinha potencial e me botaram na equipe de competição”, relembra a patinadora mirim.
Com tanta determinação, os resultados começaram a aparecer. Valentina participou do Campeonato Brasileiro de Patinação Artística e conseguiu o terceiro lugar. E agora, foi convocada para representar o Brasil no Campeonato Sul-americano de Patinação Artística, que acontecerá entre os dias 2 a 9 de abril deste ano, em Assunção, no Paraguai.

“A gente tem muito orgulho dela. A cada dia ela me ensina como filha, pela superação e dedicação dela. (…) O talento dela foi nítido, sempre foi uma menina que chamava muita atenção. Desde pequena ela nunca teve medo de arriscar e foi muito rápido a evolução na patinação dela. A gente sabia que ela ia voar. Como ela faz com muito carinho e muito amor, as pessoas se emocionam. A gente tem muito orgulho”, comemora a mãe da pequena, Mara Cesconetto.
Ela sabe o que quer d5j42
A patinadora não tem dúvidas sobre o futuro e almeja chegar na competição mundial de patinação. Além disso, a atleta mirim conta que quer se tonar uma técnica de patinação artística quando crescer. “Quero que esse esporte seja reconhecido pelo Brasil”, vislumbra a jovem.

Para a mãe, Mara, a filha chegará onde desejar. “É muito focada no que ela quer. Ela colocou uma meta que quer chegar ao Mundial, e eu sei que ela vai chegar. (…) A gente embarca no sonho dela e faz de tudo para que ela seja feliz”, garante.
Incentivos podem ser o combustível da jovem patinadora k12g
Por se tratar de um esporte amador, a Valentina ainda está em busca de patrocinadores e precisa levantar verba para arcar com os custos técnicos, agens, alimentação e hospedagem do Sul-americano.
Qualquer colaboração é bem-vinda! e aqui e faça parte deste sonho da jovem patinadora.