A conquista da surfista Tati Weston-Webb nos Jogos Olímpicos entrou para a história do Brasil. Com a medalha de prata, ela se tornou a primeira mulher a subir no pódio do esporte pelo país.
Além dela, o surfe brasileiro também conquistou medalha com Gabriel Medina, que levou o bronze. O surfe é disputado no Taiti, a mais de 15 mil quilômetros de Paris, onde acontecem os jogos.

A conquista ainda está reverberando para a gaúcha, nascida em Porto Alegre, e naturalizada havaiana. Parte da família se reuniu, na noite dessa segunda-feira (5), para assistir à final do surfe e ou a noite em claro festejando a vitória.
Família celebra prata de Tati Weston-Webb nas Olimpíadas 2w115o
Luís Roberto Müller é padrinho da surfista e mora em Garopaba desde 1994, quando se aposentou das quadras de tênis. Ele e a esposa, Cynthia, possuem um ritual para assistir as competições de Tati e o cumpriram durante a disputa com Caroline Marks, que levou o ouro.
“Eu e minha esposa ficamos muito nervosos, é uma gritaria. Fazemos altar e acendemos velas pra torcer, temos o nosso ritual, sabe?! Ainda mais em Olimpíadas, que só acontece a cada 4 anos. Tínhamos que torcer”, contou à reportagem.

Beto, como é conhecido, jogou tênis profissionalmente e a experiência como atleta ajudou a construir um vínculo forte com a surfista. “Apesar de ela morar longe, a gente sempre foi muito próximo. A mãe dela é muito mais minha irmã do que cunhada. Talvez por eu ter sido atleta, minha relação com a Tati é muito especial”, revela
Mesmo feliz com a vitória da afilhada, Beto acredita que a última nota da surfista — 4.50 — poderia ter sido melhor. “O surfe é subjetivo, né?! Eu não gostei do julgamento. Para mim, ela ganhou! Dois juízes também acharam isso, mas como são cinco, os outros três discordaram”. Tati Weston-Webb perdeu o ouro por 0.18 pontos.
Surfista gaúcha sonha em morar em praia de SC f4f2h
Ao lado dos pais, o surfista britânico Douglas Weston-Webb e a bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, e do irmão, Troy, a surfista se mudou ainda bebê para a ilha de Kauai, no Havaí.
A família materna se divide entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, motivo que fez a atleta decidir pela nacionalidade brasileira em 2018. “A Tati sempre cresce quando representa o Brasil. Ela ama representar o Brasil e, para o meu orgulho, ela adora Garopaba”, conta Beto.
Em 2023, ela reafirmou os votos de casamento com o também surfista, Jessé Mendes, com quem vive há dez anos e está casada há quatro. A cerimônia aconteceu na praia de Garopaba, no litoral Sul de Santa Catarina — cidade onde sonha em morar, segundo o padrinho.
“Ela adora Garopaba, tanto que o sonho dela é vir morar aqui. Quer ar metade do ano em Garopaba e a outra metade no Kauai”, revela Beto Müller.
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Viagem marcada para o Brasil ainda em 2024 2t36
O grupo da família, em um aplicativo de mensagens, não para desde a noite de segunda-feira (5), com diversas mensagens celebrando a conquista de Tatiana. “Ficou todo mundo alucinado, mandando mensagem. Ela ficou muito feliz”, conta o padrinho.
Tati Weston-Webb virá ao Brasil no segundo semestre e já foi avisada sobre a exigência para visitar a casa do padrinho. “Se não trouxer a medalha, ela não entra aqui em casa”, brinca Beto.
Além de visitar a família, a agenda da surfista no Brasil deve contar com um campeonato de surfe, promovido por ela, para crianças e adolescentes.
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