Nascido em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, Rafael Henzel iniciou sua carreira de radialista aos 15 anos na Rádio Oeste Capital FM, em Chapecó, no Oeste do Estado.

O jornalista que foi um dos seis sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense, morreu na noite desta terça-feira após sofrer um infarto fulminante jogando futebol.
Henzel trabalhou em diversas rádios em Chapecó até estrear na televisão em 1993 como repórter da RCE TV, localizada em Xanxerê. Ele também atuou como jornalista na TV Rio Sul, antes de retornar para a Rádio Oeste Capital FM, na qual mantinha um programa com o comentarista Renan Agnolin.
Em 28 de novembro de 2016, Renan e Rafael embarcaram no Voo LaMia 2933, a serviço da Associação Chapecoense de Futebol, proveniente de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia e com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova em Rionegro, Colômbia, onde o clube disputaria a primeira partida da Final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Por volta das 22h15m do horário local, a aeronave caiu, provocando a morte de 71 das 77 pessoas que estavam a bordo, entre atletas, equipe técnica e diretoria do time brasileiro da Chapecoense, além de jornalistas e convidados.
Henzel foi o único jornalista sobrevivente no acidente aéreo. Por conta do acidente, ele sofreu sete fraturas de costelas, adquiriu pneumonia e lesão no pé direito. Após 10 dias internado na UTI e 20 internado em um hospital da cidade de Medellín, o jornalista voltou a Chapecó em 13 de dezembro de 2016 junto com o lateral Alan Ruschel, um dos sobreviventes do acidente.
Apesar do acidente, o locutor manifestou interesse em voltar a atuar na profissão, inclusive prontificando-se para narrar o jogo de estreia da Chapecoense na Copa Libertadores da América de 2017 contra o Zulia, na Venezuela.
Além disso, o jornalista escreveu o livro “Viva Como se Estivesse de Partida”, com relatos sobre a tragédia. Henzel deixa um filho de 14 anos e esposa.