O Figueirense fez seu primeiro jogo diante do seu torcedor nesta Série C do Campeonato Brasileiro nesta segunda-feira (8). A vitória diante do Paysandu por 2 a 0 trouxe alguns pontos deste início de trabalho do técnico Roberto Fonseca.

É bem verdade que o trabalho do comandante alvinegro é bastante prematuro. No entanto, já é possível notar alguns comportamentos que o time apresentou na partida contra o Papão.
Saída de bola 4p1t48
O Figueirense se mostrou um time disposto a tentar sair (quase) sempre por baixo, desde o goleiro. A saída de bola é realizada sempre com os quatro defensores mais o primeiro volante (Robson Alemão) como a primeira opção de e.
Foram mostradas três variações. Na primeira, quando a bola entrava no lateral (Elias ou William Matheus), este busca um e mais vertical, inclusive por cima, para o meio-campista ou o ponta – Gledson e Andrew pela direita e Cesinha e Gustavo França pela esquerda – para tentar progredir.
Quando conseguia fazer a bola entrar em Robson Alemão (por dentro), com tempo e espaço, o jogador busca rapidamente uma variação de corredor, tentando encontrar sempre o lateral ou ponta do lado oposto com opção para progredir com bola e ou com oportunidade um lance um contra um.
Em alguns momentos, Cesinha descia para auxiliar na saída de bola, Gledson ficava sempre em uma linha mais a frente – Vídeo: Reprodução/NDTV
Outro ponto que também foi utilizado foi o uso de Wilson com os pés. O goleiro tem boa relação com bola e, quando necessário, buscava esse e mais longo para Cesinha, Gledson ou Bruno General.
Prioriza uma construção por baixo, terminando as jogadas prioritariamente pelos lados em associações William, Cesinha e Gustavo França pela esquerda e Elias (mais base e menos profundidade), Gledson e Andrew pela direita. General funciona bem como pivô.
— Ian Sell (@ianvsell) May 9, 2023
Como termina as jogadas x5r15
As jogadas de ataque do Figueirense terminavam prioritariamente pelos lados do campo. A equipe procurava sempre colocar ao menos três jogadores no lado onde a jogada se desenvolvia.
William Matheus, Cesinha e França pela esquerda, Elias, Gledson e Andrew pela direita. Os laterais ficavam mais na base da jogada, especialmente Elias pela direita. William fez algumas ultraagens por fora e por dentro.

Quando a jogada terminava em cruzamento, ponta e meia do lado oposto entravam na área junto com o centroavante. Ainda que em poucas oportunidades, foi também utilizada a função de General recebendo de costas.
Uso de Bruno General como pivô pode ser mais explorado – Vídeo: Reprodução/Internet/ND
Fase defensiva e pontos a melhorar 6w6y3q
Se ataca em 4-3-3, quando não tem a bola, o “sistema” muda. O Figueirense se defende em um 4-4-2, deixando Cesinha e Bruno General encarregados de pressionar os zagueiros.

O Figueirense variou entre uma marcação entre bloco médio e alto na partida e encontrou alguns problemas para proteger o corredor central quando subia o bloco para tentar pressionar a saída de bola rival.
O clube se defendia com encaixes individuais, fazendo perseguições prioritariamente dentro do setor. Foi normal ver William Matheus subindo em direção ao centro para perseguir o ponta direita rival, quando o Papão tentava progredir.
Subidas de pressão do Figueirense; William Matheus acompanha o ponta por dentro – Vídeo: Reprodução/NDTV
Dentro desses encaixes, um ponto vulnerável que chamou a atenção foi o espaço deixado entre zagueiro e lateral, especialmente quando o ponta rival ficava mais próximo da linha. O centroavante segurava os dois zagueiros do Figueirense e um grande espaço se formava.

O Paysandu conseguiu explorar algumas vezes essa fragilidade no primeiro tempo.
Intervalo grande entre zagueiro e lateral pode gerar problemas – Vídeo: Reprodução/NDTV
Intervalo grande entre zagueiro e lateral pode gerar problemas – Vídeo: Reprodução/NDTV