Com atuação de gala da sua defesa a Chapecoense fez 2 a 0 sobre o Brusque na noite desta quarta-feira (9) e colocou a mão na taça do Campeonato Catarinense.
No próximo domingo, em Brusque, o time de Umberto Louzer pode perder por até um gol de diferença que, mesmo assim, celebra seu 7º título catarinense.

História do jogo
É até meio estranho se dar conta que em setembro o campeonato estadual está começando a ser decidido. Em apenas um simbólico exemplo reflexo da maior crise sanitária do planeta em 100 anos, foi só nesse pequeno hiato que as entidades que tocam o futebol no país conseguiram alocar a final do campeonato estadual de Santa Catarina.
Esse próprio intervalo envolvendo as equipes e seus respectivos compromissos nas Séries B e C do campeonato brasileiro tiveram influência na maneira como o confronto restou desenhado.
Em uma disputa inédita se tratando de final de campeonato, o fato é que ambos os times chegaram embalados para o duelo.
Primeira etapa
Os movimentos iniciais da partida tiveram algumas particularidades. Apesar de não ter a bola inicialmente, a Chapecoense foi dona das principais ações do jogo ao longo dos 20 minutos iniciais.
Com menos de 30 segundos de bola rolando o volante Willian roubou uma bola no campo de ataque e a equipe da casa chegou a uma finalização sem perigo. Foi a prenuncia do que poderia ser a partida, sobretudo, no começo.
O gesto se repetiu e, além de uma marcação forte no campo de ataque, a Chapecoense se aproveitou do nervosismo do Brusque em sua linha de defesa que, quando não se livrava da bola, entregava no pé do adversário.
Anselmo Ramon e Denner, respectivamente, aproveitaram dos vacilos (nem tanto, nesse caso) do Brusque e, em dois lances, pararam em Zé Carlos.
Foi logo fruto da “blitz” Condá que a Chape chegou ao gol: aos 21’ cobrança de falta da intermediária esquerda de ataque onde Luiz Otávio, em dois lances, mandou para a rede de Zé Carlos que, dessa vez, não pode fazer nada.

Brusque renasce
Se por opção do time da casa que recuou suas linhas, ou até mérito do quadricolor, o fato é que o Brusque saiu para o jogo.
ou a rondar a meta da Chape e, pouco a pouco, encurralar o time da casa que deixou de contra-atacar o time de Jerson Testoni.
Thiago Alagoano, em cobranças de falta, e Alex Sandro, no lado esquerdo de ataque, foram os que levaram mais perigo à meta defendida por João Ricardo.
O placar, no entanto, se manteve dessa forma até o apito final na primeira etapa.
Mão na taça
A segunda etapa a Chape, com o resultado parcial, manteve a postura recuada. Entregou a bola para o Brusque, que sem criatividade, ameaçava em lances de bola parada e pelos flancos.
Apesar do volume o time de Jerson Testoni não agrediu e cansou. Foi o suficiente para o time da casa “matar” o confronto.
Falta cobrada do lado esquerdo de ataque onde Joílson – companheiro de Luiz Otávio no miolo da zaga – se antecipou e mandou para o fundo da rede de Zé Carlos. Praticamente a pá de cal.
Vantagem Condá
Voltadas apenas para a grande final do Estado, as duas equipes se reencontram, dessa vez no estádio Augusto Bauer, neste domingo, a partir das 16h.
O Brusque precisa igualar o placar para levar aos pênaltis, pelo menos. Chape entra em campo pela derrota por um gol de diferença, ainda sim, para levar o caneco pela 7ª vez na sua história.
FICHA TÉCNICA
Chapecoense: João Ricardo; Matheus Ribeiro, Joílson, Luiz Otávio e Allan Ruschel; Willian, Anderson Leite (Ronei) e Denner; Aylon (Ezequiel), Anselmo Ramon e Paulinho (Vini Locatelli). Técnico: Umberto Louzer.
Brusque: Zé Carlos; João Carlos (Edilson), Ianson, Everton Alemão e Ronaell; Zé Mateus, Rodolfo (Emerson Martins) e Thiago Alagoano; Marco Antônio, Alex Sandro (Dandan) e Fabinho (Jhonny). Técnico: Jerson Testoni
Gols: Luiz Otávio (21/1T), Joílson (29/2T)
Cartões amarelos: Luiz Otávio, Paulinho, Vini Locatelli (CHA); Marco Antônio (BRU)
Arbitragem: Diego da Costa Cidral; auxiliado por Henrique Neu Ribeiro e Gizeli Casaril