Câncer de cólon: entenda a doença que matou Pelé aos 82 anos 5n582y

Rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento travou uma batalha contra a doença, que é um dos três tumores malignos mais frequentes no Brasil; entenda as causas e tratamentos 2l6y2s

O câncer de cólon, doença que matou o Rei do Futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, aos 82 anos nesta quinta-feira (29), é um dos três tumores malignos que mais atingem a população brasileira, e está relacionado a cerca de 10% de todos os casos da doença no país, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Ainda segundo o Inca, só este ano, surgiram mais de 21 mil novos casos de câncer de cólon e reto no Brasil em homens, atrás apenas dos casos de câncer de próstata.

Pelé apresenta piora em quadro de saúde, diz novo boletim médico – Foto: Divulgacão/Observatório dos Famosos/NDPelé apresenta piora em quadro de saúde, diz novo boletim médico – Foto: Divulgacão/Observatório dos Famosos/ND

Em tratamento contra a doença desde setembro do ano ado, Pelé recebia cuidados paliativos, ou seja, estratégias para redução da dor, mas que não combatiam o tumor, após a conclusão de que não havia mais o que ser feito. Ele recebia intensiva atenção médica contra disfunções renais e cardíacas.

“O câncer colorretal é uma doença bastante frequente. Ela compromete a região do intestino grosso [cólon] e do reto [final do intestino, antes do ânus]”, explica o oncologista Artur Rodrigues Ferreira, do O (Centro Paulista de Oncologia)/Oncoclínicas). Ele acrescenta que existem diferenças entre os tumores que atingem o cólon e o reto, mas ambos são estudados em conjunto.

Casos 494h3n

Este é o terceiro tipo de câncer mais comum em homens, e o segundo em mulheres, com exceção do câncer de pele não-melanoma. São estimados 40.990 novos casos em 2020 – 20.520 em pessoas do sexo masculino e 20.470 em pessoas do sexo feminino. Neste ano, a incidência deste tumor deve ultraar a do câncer de pulmão (17.760).

“É um câncer mais comum em pacientes acima dos 50 anos, mas há aumento [de casos] em pacientes mais jovens, embora os números absolutos sejam pequenos”, destaca Rodrigues.

Negros são mais atingidos 465c4a

Além da idade, o sobrepeso, a obesidade e um estilo de vida não saudável – o que inclui sedentarismo e alimentação inadequada – são fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer colorretal.

“Dietas ricas em carne vermelha e processadas [salsisha, linguiça, bacon], consumo excessivo de álcool, tabagismo e o diabetes aumentam o risco”, ressalta o especialista.

Quem tem doenças inflamatórias do intestino ou hereditárias, como Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar (FAP), também deve ficar atento. “Essas síndromes se relacionam ao surgimento de tumores no intestino”, completa.

Ainda segundo o relatório da American Cancer Society, pessoas negras têm mais incidência do câncer colorretal. De 2012 a 2016, a taxa de novos casos em negros não hispânicos foi de 45,7 por 100.000, cerca de 20% maior do que a taxa entre brancos não hispânicos.

“Os dados aqui são menos categóricos. Mas a população negra está associada ao maior risco. Não há evidências precisas se por razões biológicas ou devido ao menor o a serviços de saúde e rastreamento por questões socioeconômicas”, pondera Rodrigues.

Tumor pode não dar sintomas 3v2hb

O oncologista afirma também que este tipo de câncer pode ser silencioso ou ter sintomas variáveis. “Podem ser [pacientes] assintomáticos e descobrirem durante uma tomografia de abdome feita por outra causa”, exemplifica.

“Há sintomas inespecíficos, como fraqueza, mal-estar e mudança de hábito intestinal, com diarreia e constipação [intestino preso], ou sintomas mais graves, como sangue nas fezes, anemia sem causa aparente, obstrução e perfuração intestinal, por conta do crescimento do tumor”, descreve.

Rodrigues enfatiza que o rastreamento, ou seja, a avaliação para identificar uma doença que ainda não se manifestou, é muito importante para o diagnóstico precoce.

“O rastreio deve ser feito a partir dos 50 anos. Iniciativas mais recentes recomendam indicam aos 45 anos. Mas pessoas com mais risco devem começar antes”.

Motivo de constrangimento 32n5v

O oncologista explica que o diagnóstico se inicia, principalmente, por meio de um exame chamado colonoscopia. “É um exame extremamente importante para a detecção precoce e prevenção, pois ele permite identificar e remover pólipos [lesões benignas que crescem na parede interna do intestino e podem se transformar em câncer”, detalha.

Ele destaca que esse método de diagnóstico é um dos motivos pelos quais existe um constrangimento em relação ao câncer colorretal. “Principalmente na população masculina, há um desconforto ao se submeter a esse exame”, observa.

Isso acontece porque o aparelho usado durante o exame é introduzido no paciente pelo ânus. De acordo com Rodrigues, o instrumento tem uma câmera em sua extremidade, que permite avaliar toda a parede interna do intestino grosso e do reto. “Quanto mais tarde o diagnóstico, maior o risco de falecer, porque a chance de cura acaba diminuindo”, lembra o médico.

Somente a biópsia, feita em um pequeno tecido retirado da lesão, é capaz de diferenciar um tumor benigno do câncer de colorretal.

Já o exame é um teste diagnóstico capaz de identificar síndromes genéticas associadas a este câncer. “Se o paciente tem [a síndrome], ele deve ser colocado em acompanhamento rotineiro”.

Diferentes tratamentos 5n5zb

O tratamento é feito de maneiras distintas. Depende do estágio em que se encontra o câncer e se está localizado no cólon ou no reto. Rodrigues afirma que no estágio um, em que a doença é precoce e limitada, é possível remover o tumor até mesmo por meio da colonoscopia.

Já nos estágios 2 e 3 é preciso fazer cirurgia para a remoção do câncer e de áreas afetadas e quimioterapia. “No câncer de reto, o paciente recebe radioterapia antes da cirurgia para tentar diminuir o tumor e, após a operação, faz quimioterapia”, compara Rodrigues.

O estágio 4 geralmente indica metástase, quando o câncer se espalha para outros órgãos. Nesse caso, o tratamento habitual é a quimioterapia.

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