* Por Ian Sell; o colunista Fábio Machado está de férias neste mês de dezembro
Com a grande Copa do Mundo feita por ‘Dibu’ Martínez, o goleiro Alisson virou o “vilão da vez” na internet após o título argentino. As críticas ao ótimo goleiro brasileiro me parecem um tanto quanto descabidas e bastante infladas pela eliminação do Brasil nos pênaltis para a Croácia, onde o camisa 1 não conseguiu defender nenhuma cobrança.

Alisson atua em alto nível há pelo menos sete anos, desde assumir a titularidade no Internacional em 2015. Ainda atuando no Brasil, foi convocado por Dunga para a seleção brasileira, assumiu a titularidade e foi mantido por Tite em 2016.
Contratado pela Roma, da Itália, seguiu fazendo boas temporadas pelo clube italiano até ser contratado pelo Liverpool na temporada 2018/2019 quando conquistou a Liga dos Campeões da Europa e o Mundial de Clubes.
No Brasil existe sempre uma tendência em achar um “maior culpado” a cada fracasso em Copas. Que não façamos do arqueiro o “Fernandinho” da vez.
Júlio César sai em defesa do colega
O ex-goleiro Júlio César, presente no fatídico 7 a 1 no gol brasileiro na semifinal de 2014, falou sobre o tema e saiu em defesa de Alisson.
“Contra a Croácia, ele [Alisson] teve poucas participações durante o jogo, um único chute no gol, uma bola desviada e o Alisson não conseguiu defender. Acho que pelo fato de estar fora da partida, isso é ruim para um goleiro. Obviamente, em todas as derrotas as críticas vão existir, Alisson já foi considerado melhor goleiro do mundo, hoje é top-3 sem dúvidas”, disse Júlio César.

O ex-goleiro da Seleção e da Internazionale-ITA sentiu na pele as críticas, um tanto quanto injustas em 2014. Apontado como um dos vilões do 7 a 1, é improvável pensar que qualquer um que fosse o goleiro brasileiro ali a situação seria diferente.