Frente Feminista reúne mulheres para marcha e debates em Florianópolis 1j2q6i
"Grande Marcha da Greve Internacional de Mulheres" iniciou no fim da tarde desta segunda-feira (9); ...
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Navegar para o conteúdo principal da páginaReportagem: Adrieli Evarini
Edição: Diogo de Souza
Há 44 anos, o JEC detém a maior atenção dos apaixonados pelo esporte em ville. O preto, branco e vermelho conquistaram os corações dos vilenses tão logo a bola rolou pela primeira vez para o “tricolor dos tricolores”. E não é só de apaixonados que vive o JEC. As apaixonadas se multiplicam pela cidade e a fidelidade pelo clube atravessou gerações.
Não é difícil encontrar mulheres com a camisa tricolor nas ruas de ville ou até mesmo na Arena, mas talvez a ocupação do estádio seja mais resistência do que acolhimento. Ao menos é o que demonstram os números e os depoimentos de torcedoras que não se sentem “parte do clube”.
O JEC vive uma fase difícil, talvez uma das mais difíceis de sua história, disputando a quarta divisão do futebol nacional e com problemas financeiros que limitam as expectativas da torcida e do próprio clube. Se em tempos de títulos o número de sócios torcedores aumentava, essa parcela da torcida caiu significativamente, chegando a apenas 2.930 sócios. O número de mulheres é infinitamente menor: 159, o que representa apenas 5,42% dessa modalidade.
A representatividade na torcida é reflexo do que acontece dentro do clube. O número de funcionárias, conselheiras e diretoras é irrisório. Dos 102 funcionários, 10,7% são mulheres. Ou seja, o ville Esporte Clube emprega apenas 11 pessoas do sexo feminino. O número de conselheiras é ainda menor. De um conselho formado por 106 pessoas, a presença feminina se limita a três participantes, o que representa 2,83% do quadro do clube.
Na diretoria, a presença da mulher era nula até a gestão atual. Dos 10 diretores do ville, uma mulher ocupa a diretoria istrativa. É a primeira e única mulher a atuar na gestão do clube desde 1976, ano em que o JEC nasceu.
Fernanda Petry entrou para a história como a primeira mulher a assumir uma cadeira na diretoria do JEC. A experiência iniciou em julho de 2019, mas a história dela com o clube começou antes mesmo do nascimento do JEC. A trajetória do pai, que foi jogador na década de 1950, fez nascer o amor pelo futebol e consequentemente pelo clube da cidade.
Depois de frequentar as arquibancadas, ela recebeu o convite para ocupar também as cadeiras da diretoria que até então nunca tiveram uma representante feminina.
“O peso de ser a primeira mulher a assumir um cargo de gestão no clube, e sendo na posição executiva de diretora, acredito que tenha sido um dos fatores que me desafiou e provocou o meu “sim” ao convite, pois abre uma nova percepção e oportunidade para o clube e para as mulheres. Minhas filhas, sobrinhas e jovens com quem trabalhamos na comunidade se sentiram representadas e orgulhosas, e isso causa um efeito positivo, onde o exemplo gera uma reação de confiança e atitude”, destaca.
Apesar de afirmar que não vê peso diferente em sua voz e na dos demais diretores membros da gestão do clube, Fernanda ite e essa não é uma postura constante em estruturas diversas e que esse é apenas o primeiro o para a igualdade no futebol e no ville.
“Quebrar paradigmas como este, ao incluir uma mulher na diretoria, como dirigente do clube, ainda é só o começo da jornada para que possamos dizer que todas as vozes são ouvidas igualmente”, reforça.
Embora de fora a visão não seja de um esforço do clube em realizar ações voltadas às mulheres, a diretora garante que o trabalho nos bastidores é para mudar o cenário. Apesar disso, ela ite também que há inúmeros obstáculos que inibem a realização de ideias e projetos.
“É uma longa caminhada a se seguir e, às vezes, esbarramos em instituições vinculadas ao futebol e que não possuem a mesma mentalidade que a nossa e ainda acreditam e agem como se futebol fosse o ‘clube do bolinha’”, diz.
A única diretora da história do clube afirma que a iniciativa de levá-la para a gestão demonstra a intenção do ville de começar uma mudança interna visando a atuação das mulheres e esse primeiro o deve tornar o caminho menos espinhoso para as próximas.
“Acredito que as próximas mulheres que estiverem atuando no JEC já poderão contar com um caminho mais progressivo e não tão construtivo. Hoje, já temos mulheres, funcionárias efetivas do JEC, na área financeira e no RH, que conduzem a operacionalização das mudanças e estruturações que estamos realizando. Até uns meses atrás, eram funções também ocupadas por homens”, pontua.
Apesar de ponderar uma intenção do clube, Fernanda sabe que é necessário que sejam realizadas ações efetivas para que o JEC se torne ível e próximo das mulheres para que elas possam se identificar e se enxergar no clube e não apenas na arquibancada.
“Assim como os homens, idosos e crianças, as mulheres, torcedoras do JEC, precisam saber e reconhecer que o time somos todos nós, o JEC não tem um dono, ele tem uma cidade”, finaliza.
O amor pelo ville Esporte Clube ou de pai para filhos e, claro, para a filha. As idas ao estádio iniciaram ainda na infância e hoje, aos 19 anos, a estudante Nadine Quandt mantém a tradição da família: a paixão tricolor.
Da paixão do pai fanático até ser presença garantida na Arena foi questão de tempo. Em 2011, quando o time foi campeão da série C a história começou a ficar ainda mais estreita. “Vou aos jogos, acompanho as notícias…o JEC é minha grande paixão no futebol. Foi uma coisa de pai para filho e eu acabei puxando essa responsabilidade para mim. Meu pai me apoia e se sente orgulhoso por me ver no JEC e acompanhar minha paixão pelo clube. Na verdade, se tornou um programa familiar pra nossa família”, fala.
Apesar dos nove anos de frequência no estádio, Nadine afirma que nunca se sentiu abraçada pelo clube e não percebe vontade do clube de se aproximar das torcedoras.
“Eu nunca me senti completamente abraçada pelo JEC. Falta aproximação do clube com as torcedoras. A comunicação é sempre feita para o torcedor homem e eu sinto falta de uma campanha que inclua as mulheres. Quando tentaram fazer algo era uma campanha para sócias se tornarem gandulas. Eu li isso como uma vontade de ter mulheres para ajudar e não como uma ação de aproximação do time”, salienta.
Para a torcedora, o clube provou, com a ação, que não sabe conversar com as mulheres e não tem a sensibilidade de criar ações que façam com que as mulheres se sintam parte do clube. Uma ação, avalia ela, seria a criação de um time feminino.
“O clube não conversa com as mulheres. A linguagem do JEC não consegue alcançar o público feminino, parece que falta um empenho geral de alcançar e enxergar a mulher além do papel de esposas e filhas”, analisa. “O futebol tem que pensar a mulher. Um time feminino do JEC poderia ser um o”, complementa.
Para Nadine, o machismo permeia o clube, desde a falta de comunicação e ação voltadas para as mulheres até a cobertura esportiva, dominada por homens. “Claro que a gente sente que há machismo, são homens falando de homens para homens”, diz.
Além do desenvolvimento de um time feminino, ação que demanda estrutura e recursos, a estudante fala em algo mais simples e ível, como uma campanha direcionada para as torcedoras, com o objetivo de fazê-las se sentir parte do clube e se aproximar. “Uma campanha para arrecadar sócias, trazer essa parcela da torcida ou até mesmo uma campanha institucional, uma comunicação direta com as mulheres”, sugere.
A Arena ville sequer existia quando Danuta Malavolta contrariou a torcida fanática do pai, gremista, e se apaixonou pelo ville Esporte Clube. Das arquibancadas do Ernestão, em 1994, ela ou a viajar com a torcida, se mudou para a Arena junto com o clube e se envolver mais diretamente com sua paixão parecia o caminho óbvio.
Radialista conhecida na cidade pela cobertura que faz há anos do JEC e pelo amor incontestável, ela teve que abrir portas que estavam trancadas. A presença feminina no estádio não era comum, nos microfones então, muito menos. Mas ela fez.
“Eu acho que se dependesse do clube, não teríamos espaço. O respeito é bem maior hoje, dentro de campo e na arquibancada, mas do clube… até promoções ou ações no dia das mulheres demorou para acontecer. Poderia, quem sabe, ter uma campanha no sentido de ‘o ville apoia o respeito dentro da Arena’, mas nunca teve nada”, conta.
Apesar de ter tido que construir o caminho e abrir as portas para outras mulheres que hoje frequentam a Arena, Danuta reconhece que a presença de mulheres na diretoria e no Conselho são indícios de que, aos poucos, a cultura pode mudar e o espaço na gestão e no dia a dia do clube pode ser mais ível.
“Agora, temos conselheiras, a Fernanda como primeira mulher na diretoria, é um o importante. Os dois primeiros os foram dados, existem mulheres lá dentro e com isso, podem partir ações para as mulheres. Estava faltando esse olhar feminino”, pontua.
As fotos denunciam: Maria Clara Petry é JEC desde criancinha. Aos 20 anos, a estudante hoje vê a mãe fazendo história no time que ama. Filha da primeira diretora mulher da história do ville Esporte Clube, Maria Clara sempre teve uma relação de paixão com o clube da cidade, paixão essa incentivada pelos pais e que contagiou toda a família.
“Minha relação com o ville vem desde a barriga da minha mãe. Eles sempre acompanharam e eu acabei tendo esse incentivo. Sou muito apaixonada por futebol e o time da cidade cativou meu coração. Sou apaixonada pelo ville desde que me entendo por gente”, conta.
A paixão e o apoio fomentado em casa não se estenderam para as relações na rua. Ela conta que a cada conversa sobre futebol, sua palavra era desacreditada. “Sempre queriam dizer que eu não era fã, que eu não era apaixonada ou que sabia menos. Isso sempre foi constante desde que eu comecei a falar de futebol”, diz.
A estudante conta que a paixão não é só pelo JEC fora do estádio, ao contrário, estar na Arena é parte do ritual. Ao contrário do que acontecia na escola ou nas rodas de amigos, no estádio ela afirma que nunca se sentiu desrespeitada ou diminuída. Depois que a mãe assumiu a diretoria e a família ou a frequentar as áreas istrativas, também não sentiu o questionamento.
Apesar disso, Maria Clara ite que a representatividade não é algo fácil e visível no clube e no futebol como um todo. “Não vejo uma boa movimentação, não só do ville, mas de todos os clubes, para trazer mais mulheres, mais representatividade. Nós sabemos que às vezes pode ter uma tentativa barrada, mas a representatividade é algo difícil de ver”, salienta.
Para ela, algumas ações poderiam ser realizadas visando iniciar uma maior participação e, acima de tudo, maior representatividade e conforto das mulheres em se aproximar e viver o clube. Entre elas, a criação de um time feminino, mas ela sabe que essa iniciativa esbarra na crise financeira que o ville vive.
“Poderiam fazer campanhas, na medida do possível, talvez contra a violência contra a mulher porque existem dados que mostram que, em dia de jogo, há mais relatos e registros de violência. Tentar também fazer campanhas para trazer mais mulheres, para que elas se tornem sócias e mostrar que dentro da Arena nós podemos nos sentir bem”, pondera. “Ainda não vi nenhuma iniciativa verdadeira, mas sempre me senti muito bem como torcedora mulher do ville e sempre tive muito orgulho”, finaliza.
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