Eduardo Barroca e grande parte da torcida do Avaí criaram um carinho mútuo na primeira agem do treinador pela Ressacada. Ele retornou ao clube em 2023 e agora entra para a história do Leão da Ilha por ser o treinador do centenário.

O Avaí completa 100 anos nesta sexta-feira (1º) de uma história marcada por ídolos, heróis, glórias e, acima de tudo, uma torcida apaixonada.
Em entrevista ao Arena ND+, o técnico da equipe Azurra se disse “honrado” pela oportunidade de voltar ao clube em 2023 e participar desse momento tão importante da história.
“Me sinto muito honrado, com sentimento de responsabilidade muito grande. Grandes responsabilidades exigem da gente pagar um preço alto, se dedicar muito”, reflete o treinador.
“Eu sou um treinador considerado jovem por muita gente, me sinto muito privilegiado, pela idade que tenho, de estar a frente de um clube desse tamanho, dessa importância, e com uma conexão com muitos torcedores como eu tenho e me sinto hoje”, completa.
Relação com o clube f5763
Barroca deixou o Leão da Ilha em meio a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. Na ocasião, acabou demitido após uma sequência de nove jogos sem vencer.
A sensação de boa parte dos torcedores, no entanto, era de que mesmo com a sequência ruim, a permanência na elite do futebol brasileiro seria mais provável caso ele ficasse no comando do clube.
“Esse sentimento também era meu, durante a primeira agem, acho que foi público, recebi alguns convites e tinha realmente um desejo muito grande de terminar o trabalho aqui, me sinto muito bem aqui, muito respeitado pelo torcedor, inclusive no momento de adversidade e cobrança, o torcedor do Avaí tem um sentimento diferente”, avalia Barroca.

“Eu sinto que o torcedor do clube consegue entender quando a equipe se entrega, joga bem e não ganha e ela apoia, ela realmente participa durante o jogo de uma forma muito positiva. Comigo o carinho é realmente muito especial. Eu o a maior parte do meu dia dentro do clube, mas nas poucas vezes que tenho a oportunidade de ir ao mercado ou restaurante, eu recebo um carinho muito especial deles”, pontua.
Internamente, o trabalho do técnico foi muito bem avaliado em 2022, com declarações públicas de jogadores, durante e após o Brasileirão, pedindo pela permanência do comandante.
“Quando você sai de casa para fazer um trabalho em outro Estado que não é o seu, ficando longe da tua família, viver esse tipo de carinho aumenta a nossa responsabilidade de querer retribuir isso com bom um trabalho, bom rendimento e, claro, com os resultados. Isso acaba criando um compromisso da torcida com nosso trabalho e a gente com uma vontade muito grande de poder retribuir isso ao torcedor”, explica o técnico.
“No meu íntimo eu nunca queria ter saído do Avaí. A coisa foi feita de uma forma muito correta ano ado, a direção foi super correta, tanto que nos acertamos rapidamente na segunda vez porque a coisa foi conduzida até na ruptura da minha primeira agem de uma forma muito correta. Sempre ficou o respeito, a iração”, completa.
Mudanças no Barroca de 2022 para 2023 732m27
O treinador retornou ao Avaí em julho de 2023, menos de um ano após deixar o clube. Tudo foi resolvido de maneira muita rápida. Apenas uma ligação firmou o acerto com o profissional que havia acabado de deixar o Ceará.
Questionado pela reportagem sobre o que ele havia mudado neste intervalo de cerca de um ano, o ainda jovem treinador de 41 anos citou as experiências que viveu no Bahia e no Ceará, neste tempo onde esteve longe de Florianópolis, para que conseguisse criar uma “casca” maior.
“Com as experiências que vamos vivendo, a gente vai tomando decisões sob pressão com maior assertividade. Tivemos um jogo contra o Ituano onde fizemos 1 a 0, depois nos fechamos bem numa linha de 5 e fomos bem sucedidos. Já contra o Mirassol, onde tomamos a mesma decisão, não conseguimos a vitória”, relembra o técnico.

“A leitura está muito em cima do resultado ainda no futebol. Eu sou um adepto a treinos abertos, eu gosto que acompanhem nossos treinos, porque dessa forma pode ser feita uma justiça maior na análise. As experiências que tive vão fazendo a gente criar mais casca. Sou um treinador que me considero em formação constante”, finaliza.