O futebol catarinense não vive seu melhor momento. Não precisa ser um expert para ver. E isso não diz respeito apenas à falta de representatividade na Série A do Campeonato Brasileiro. O principal produto estadual está longe de ser atrativo.

O Campeonato Catarinense começa no dia 14 de janeiro – com um bom jogo, diga-se, entre Chapecoense e Avaí. Os dois principais protagonistas de Santa Catarina na última década.
Hoje, menos de 10 dias para a estreia, quatro estádios (quase a metade), ainda não possuem liberação para receber os jogos da competição – confira a lista.
Mesmo com a liberação, quantos estádios realmente têm condições de oferecer aos clubes a possibilidade de um bom espetáculo? Arrisco dizer que a maioria não tem.
A entidade que organiza o futebol em Santa Catarina não parece se importar muito com os palcos. Aliás, caso se importasse não teria aumentado o número de participantes na primeira divisão para 12 em 2021
Antes de colocar mais clubes, deveria se preocupar primeiramente em aumentar a receita dos participantes. A competição é deficitária. Não paga um mês de salário da maioria dos clubes.
Sem uma boa arrecadação, os clubes precisam se virar para adequar a própria estrutura. O Concórdia é um bom exemplo, já que por conta própria melhorou o seu gramado de jogo e agora busca melhorias no estádio.
Bilheteria? Ruim, porque o espetáculo é ruim. E assim seguirá sendo, infelizmente.
Jogadores renomados? Para jogar em estádios sem condição? Mais uma vez depende apenas dos clubes para buscar um bom acordo com atletas.
O marasmo no futebol catarinense vai seguir levando-o para baixo.