O técnico Gustavo Morínigo falou pela primeira vez sobre os motivos da curta (e sem sucesso) agem pelo Avaí em 2023. O treinador ficou apenas nove jogos e não venceu nenhum.

Em entrevista ao jornalista Jonatan Cavalcante do canal Jogo Direto, o treinador citou os problemas com elenco “curto” em função do número alto de lesões da equipe, além de “alguns jogadores envolvidos em apostas esportivas” na época.
“O começo foi muito complicado, tivemos muitas dificuldades por lesões, tivemos posições que tivemos que improvisar porque não tínhamos nem na base. Não gosto de improvisar. Nesse momento também alguns jogadores envolvidos em apostas. Tivemos um plantel reduzido, formado por meninos”, afirmou o técnico.
Apesar disso, o paraguaio salientou que foi sempre muito bem tratado pela diretoria do clube, jogadores e torcida.
“A nossa esperança era que chegasse a janela de contratações e melhorar essa parte. A falta de resultados também conspirou contra. Trabalhamos muito no Avaí, nos trataram muito bem, os dirigentes, jogadores e torcida”, confirma.
Veja a declaração de Morínigo: 1o2i3c
Morínigo fala sobre motivos que o fizeram fracassar no Avaí – Vídeo: Reprodução/YouTube/ND
Envolvimento com apostas 2p4n4v
Dois jogadores do Avaí foram citados durante o desenrolar da Operação Penalidade Máxima II em maio de 2023: os zagueiros Raphael Rodrigues e Didi.
O primeiro teve o contrato suspenso preventivamente e foi afastado das atividades do clube após ter o nome citado em uma planilha de apostadores presente na investigação do MP-GO (Ministério Público de Goiás).
Posteriormente, ele teve o contrato rescindido pela equipe Azurra.
No caso de Didi, a investigação do MP-GO (Ministério Público de Goiás) apontou que o jogador teria trocado mensagens com um apostador que aliciou o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, para receber cartões amarelos nos jogos contra Avaí e Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2022.
Na época, Didi defendia o Bahia na Série B do Brasileirão. O defensor acabou reintegrado ao grupo do Avaí no fim de maio. No entendimento do clube, não havia denúncia, processo ou inquérito contra o jogador.
“Além disso, o zagueiro garantiu ao clube não ter participado de quaisquer atos ilícitos, merecendo o benefício da presunção de inocência e a possibilidade de retorno ao trabalho”, afirmou o Leão da Ilha.
Posteriormente, no entanto, Didi acabou sofrendo uma grave lesão que o tirou do restante da temporada.