Pelé não morreu e nunca vai morrer. Entendam isso. Quem morreu hoje, no dia 29 de dezembro de 2022, foi o ser humano Edson Arantes do Nascimento, aos 82 anos. Ele descansou após meses de agonia. Bom descanso, seu Edson, nascido na cidade mineira de Três Corações (MG), no dia 23 de outubro de 1940, filho do seu Dondinho e da Dona Celeste.

O Pelé, o Rei do futebol vai existir para sempre; é eterno. Os seus gols marcados – e os não marcados – ficarão para sempre na lembrança e na retina dos seus iradores. As imagens daquele menino de apenas 17 anos com a camisa da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Suécia nunca serão apagadas. Jamais! Os números do paulistão daquele ano nunca serão esquecidos: acreditem, Pelé foi o artilheiro do estadual com incríveis e inacreditáveis 58 gols. Isso com menos de 18 anos.
O Edson morreu, e todos sabiam que um dia isso iria acontecer. Ele era humano, assim como todos nós. Mas o Pelé, jamais vai morrer. E não é esse esforçado jornalista que está dizendo isso. Quem está afirmando isso são eles, as lendas, os craques, os artistas e as figuras renomadas. Ferenc Puskas, o genial jogador húngaro, disse certa vez:
“Eu me recuso a classificar o Pelé como jogador, ele está acima de tudo”.
Outro craque magistral, o holandês Johan Cruyff disse que o Rei Pelé
“ultraa todos os limites da lógica”.
O alemão Beckenbauer, campeão do mundo como atleta e treinador foi direto na sua avaliação:
“Foi o jogador mais completo que vi”.
Quando Pelé estava iniciando a sua carreira, vejam o que escreveu o teatrólogo e escritor Nelson Rodrigues:
“É um menino, um garoto. Se quisesse entrar num filme da Brigitte Bardot seria barrado, seria enxotado. Mas reparem: é um gênio indubitável. Digo, e repito. Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão: como vai, colega? ”
O cineasta Pier Paolo Pasolini num momento de pura inspiração desabafou:
“No momento que a bola chega aos seus pés, o futebol se transforma em poesia”.
Vocês acreditam mesmo que o Pelé, que segundo Andy Wharhol, “em vez de 15 minutos de fama, terá 15 séculos”, morre? Quem morreu foi o Edison, e por ele choramos. Pelo Pelé, o eterno, apenas agradecemos: obrigado, Rei.