Nove jogos, seis gols no Campeonato Catarinense. Com uma média de 0,66 gol por partida, o JEC só não é o pior ataque da competição porque o Avaí balançou as redes apenas quatro vezes, mas mesmo com menos gols conseguiu uma vitória a mais que o Tricolor que, em nove rodadas, venceu apenas uma partida.

A média baixíssima de gols é reflexo de um ataque ineficiente e, não é demais dizer, da insistência em atacantes que não fazem o que foram contratados para fazer. Em nove jogos, Uelber foi titular em oito e não marcou nenhuma vez – até balançou a rede na primeira rodada, mas o gol foi anulado.
Em nove rodadas, Victor Rangel, que foi titular em todas elas, só marcou no jogo diante do Próspera e, ainda assim, estava impedido, apesar da validação do gol. Os números já são preocupantes, mas teriam atenuantes se o problema principal fosse o famoso ditado “os atacantes am fome lá na frente”, o que no JEC não é verdade. O time tem um volume de criação gigantesco e, em quase todos os jogos, maior que o adversário. O problema está, de fato, nos pés dos atacantes.
As chances se acumulam durante todo o jogo e em todos os jogos, os atacantes cansam de perder gols na cara do goleiro e o resultado é a atual situação do time. A completa falta de eficiência do setor ofensivo – e especificamente ofensivo, não criativo – faz o Tricolor amargar a zona de rebaixamento com atuais 81% de chance de rebaixamento.
O que chama a atenção é a titularidade constante de um atacante que não balança as redes. O problema está evidente: faltam gols. Os atacantes, exceto Chrystian, não conseguem marcar.
Então, o que falta para que mudanças sejam feitas? Uelber foi sacado para a entrada de Fialho, mas Victor Rangel permanece inabalável no time titular. O JEC até contratou um atacante “no meio do caminho”, mas Jô pouco foi utilizado. Entrou no jogo contra o Próspera e, apesar das limitações de condicionamento físico, foi bem, na medida do possível e do que o jogo se apresentava.
O JEC não tem mais tempo para “esperar” confiança, para que os atacantes amadureçam os gols. São nove jogos e seis gols. Restam apenas dois jogos para se salvar do rebaixamento. O JEC não pode se dar ao luxo de queimar cartucho, o tiro precisa ser certeiro.