
O leitor Luiz Carlos está preocupado com o Avaí. Foi o seu desabafo no dia de ontem ao me encontrar dentro de um supermercado. O seu questionamento não deve ser muito diferente da maioria dos torcedores do time azurra, principalmente após a desclassificação do Campeonato Catarinense dentro da Ressacada para o Brusque. Com essa eliminação, o Avaí, além de largar a briga pelo título estadual, também perdeu uma das vagas na Copa do Brasil do próximo ano. Um enorme prejuízo nas receitas do clube. Mas, voltando ao amigo Luiz Carlos, um gaúcho que ao chegar por aqui se apaixonou imediatamente pelas cores azuis e brancas, sua angústia é de que ele não consegue ver alguma luz no fim do túnel nesta temporada. Para ele, a manutenção da comissão técnica para o Campeonato Brasileiro da Série B, é uma aposta de risco da atual diretoria. “Não seria melhor ele promover mudanças agora, para renovar a confiança da torcida na equipe? ” E completando o seu raciocínio, assegura: “não conheço nenhum outro avaiano feliz com o que está acontecendo”. O sentimento deste leitor, como já dito acima, não é isolado. É o mesmo sentimento da maioria dos torcedores do time da Sul da Ilha no momento, cansado de tantas decepções de uma gestão que não consegue transformar nos gramados a excelência prometida durante a campanha, mesmo com um grande orçamento. O presidente Júlio Heerdt, que recentemente apareceu em uma entrevista visivelmente abatido e cansado, por ter sentido o golpe após a eliminação do catarinense, resolveu não alterar o comando técnico da equipe e nem mexer na comissão dos homens que gerem o futebol no Sul da Ilha. Ele está apostando forte, convencido de que com a chegada de novos contratados para o campeonato nacional daqui a 20 dias, o time vire a chave transformando a decepção atual por momentos de alegria para a torcida do Avaí. Se der certo, beleza. O presidente legitimado pela “sua razão e convicção” voltará a dar entrevista com o seu sorriso renovado. Porém, se não der certo mais uma vez, este colunista terá que ouvir de novo os lamentos do leitor Luiz Carlos na fila de um caixa de supermercado.