Depois de 373 jogos, Wilson anunciou que deixará os gramados para atuar no organismo da instituição Figueirense Futebol Clube. Entre idas e vindas, o goleiro chegou no Estreito como guri, em 2007, e por lá permaneceu até 2012. Voltou para casa em 2022 e agora, por ali, pendura as chuteiras.
Em tempo corrido, são 17 anos desde o primeiro jogo – logo contra o Avaí, no dia 14 de fevereiro de 2007. Foi este que Wilson classifica como o mais marcante da carreira – e não teria como ser diferente.
Foi um 3 a 0 em pleno Orlando Scarpelli lotado com grande atuação do recém-chegado – que imediatamente conquistou a torcida.

A atuação no clássico e na subsequente campanha daquele ano rendeu, à época, até mesmo boatos de uma possível aproximação do rival para atrair o jovem atleta – embora todas as partes tenham negado.
Franco personagem do “olho no olho” do torcedor, Wilson narra – entre causos de ar quatro horas autografando camisas, um torcedor específico, rival, em outra partida memorável.
Esta foi mais recente – em 2022, na segunda agem do ídolo pelo Figueirense, contra o Brasil de Pelotas. O Furacão ganhou aquela partida jogando em terreno gaúcho, com o gol do jogo tendo sido marcado de pênalti pelo goleiro-artilheiro.
“Na saída do campo, alguns torcedores, pequenos, me pediram autógrafos e algumas fotos. Quando eu estava ali, com eles, um outro torcedor mais velho tentou me diminuir”, disse.
“Pô, Wilson, é uma vergonha! Estava jogando a Série A e veio jogar a Série C. É uma vergonha”.

A resposta, no entanto, foi serena.
“Não há vergonha alguma. É aqui que me sinto bem, aqui que me sinto feliz. Em casa.”, disse ao torcedor.
Tempos ruins 4i5a44
A resposta em Pelotas teve grande peso quando se leva em conta a reticência que o atleta teve no Figueira – que ele mesmo classifica como uma “questão política” que culminou na saída dele e do também ídolo Fernandes.
Naquele ano, o Alvinegro viria a ser rebaixado na lanterna da Série A em meio a uma disputa interna que culminou na transição para a Alliance, empresa que era de Wilfredo Brillinger, assumir a gestão da instituição.
A derradeira veio quando o então gerente de futebol, Chico Lins, foi afastado. O grupo de atletas, liderado por Wilson e Fernandes, pediu vista – e como resposta, Marcos Moura Teixeira anunciou que ambos não faziam mais parte dos planos do Furacão para o ano seguinte.
No início de 2013, já dispensado, o goleiro ava a treinar sozinho – em horários e locais diferentes dos demais jogadores. Como tinha contrato vigente até o fim de 2014, “usufruía” da estrutura do Scarpelli e do CFT até que recebesse propostas de outros clubes.
Lembrando daquele tempo, o homem fala dos pais.
“Foram meus grandes incentivadores na caminhada, na dificuldade. Quando aram momentos muito difíceis, tiravam de onde não tinha para eu não faltar treino. Sempre incentivando.
Figueirense prepara festa de despedida 1w2x54
Buscando consertar erros de gestões adas, o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha anunciou uma partida com os grandes nomes do Alvinegro – envolvendo Fernandes, que estava presente na cerimônia desta segunda-feira.
Os detalhes serão divulgados em breve pelo Figueirense.