Os clubes extintos do futebol da capital: craques, conquistas e saudades w361x

Entre os clubes que não entram mais nos gramados do nosso futebol profissional, três conquistaram o título de campeão do estado para a capital 6n1y6w

Entre os clubes que não entram mais nos gramados do nosso futebol profissional, três conquistaram o título de campeão do estado para a capital. O futebol da capital segue firme com a paixão fiel dos torcedores da dupla Avaí e Figueirense.

O time do estádio Scarpelli é o mais vezes campeão, com 18 títulos e no próximo mês de junho completa 100 anos de fundação. O rival do Sul da Ilha tem 17 conquistas.

Mas se o torcedor pesquisar, Florianópolis tem três títulos a mais do estadual do que a soma dos troféus de Figueirense e Avaí.

Quem são os outros três campeões do futebol capital? Essas três equipes fazem parte da lista dos “Esquecidos Futebol Clube”, times que já ostentaram a glória, grandes atletas e que foram não existem mais: Externato Futebol Clube, campeão catarinense de 1925, Atlético Catarinense, campeão em 1934 e Paula Ramos, campeão estadual de 1959.

Seus feitos ficaram apenas na memória de quem atuou ou teve o privilégio de ver esses times no gramado mal tratado do estádio Adolfo Konder, onde hoje fica o Shopping Beira Mar, no centro da capital.

Clube Atlético Catarinense. O time dos militares - Reprodução/Acervo Fernando Botelho/ND
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Clube Atlético Catarinense. O time dos militares - Reprodução/Acervo Fernando Botelho/ND
Paula Ramos, título estadual de 1959 - Reprodução/Acervo Adalberto Klüser/ND
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Paula Ramos, título estadual de 1959 - Reprodução/Acervo Adalberto Klüser/ND
Externato Futebol Clube - Reprodução/ND
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Externato Futebol Clube - Reprodução/ND
Miro, Nizeta e Damata, o trio de atacantes do Iris FC. Nizeta depois brilhou no Avaí - Reprodução/Acervo Maury Borges/ND
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Miro, Nizeta e Damata, o trio de atacantes do Iris FC. Nizeta depois brilhou no Avaí - Reprodução/Acervo Maury Borges/ND
Estádio Adolfo Konder na década de 1970. O “Maracanã” dos clubes extintos - Reprodução/Casa da Mémória/ND
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Estádio Adolfo Konder na década de 1970. O “Maracanã” dos clubes extintos - Reprodução/Casa da Mémória/ND
Clássico Externato e Internato no Colégio Catarinense, anos 1940 - Reprodução/Acervo Colégio Catarinense/ND
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Clássico Externato e Internato no Colégio Catarinense, anos 1940 - Reprodução/Acervo Colégio Catarinense/ND
Paula Ramos - Reprodução/Paula Ramos
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Paula Ramos - Reprodução/Paula Ramos
Externato Futebol Clube - SC - Reprodução/Externato Futebol Clube - SC
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Externato Futebol Clube - SC - Reprodução/Externato Futebol Clube - SC
Clube Atlético Catarinense - Reprodução/Clube Atlético Catarinense
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Clube Atlético Catarinense - Reprodução/Clube Atlético Catarinense

Garotos de ouro 6x1y4n

O Externato Futebol Clube conquistou o campeonato estadual de 1925 de forma invicta. Era formado por alunos do atual Colégio Catarinense e fundado no dia 14 de agosto de 1910.

Foi chamado pela imprensa da época como “os meninos de ouro” pela pouca idade dos seus atletas. Saiu do cenário por causa das brigas diante dos rivais Internato Futebol Clube, formado pelos alunos que dormiam no próprio colégio.

A entrada de outras equipes do interior do estado também contribuiu para o fim da equipe, pois os Padres que comandavam o futebol no Colégio Catarinense entendiam na época que o futebol estava ficando “muito sério”.

A decisão tomada foi unir os alunos internos e externos e fundar o Colegial, hoje uma equipe com prestígio no futsal.

Time do Exército 444r6s

Campeão catarinense de 1934 com o time formado por Tonelli; Arnaldo e Fiúza; Borba, Santana e Guarita; Chocolate, Nanado e Fez; Lal e Pieper, o Clube Atlético Catarinense, era o time formado pelos militares do 12º Batalhão de Caçadores do Exército, atual 63º B.I.

Em 1931 aplicou a maior goleada sofrida pelo Figueirense, 12 a 1 na história. No ano de 1966 pediu seu desligamento do futebol profissional na FCF. Para o escritor Maury Dal Grande Borges, autor do livro Santa Catarina, um século de história, o Atlético Catarinense, por ser um time do exército tinha no seu elenco atletas fortes fisicamente e disciplinados.

Time Mágico No ano de 1959, o terceiro título estadual foi conquistado para a capital pela saudosa equipe do Paula Ramos. Sim, o clube social localizado no bairro da Trindade, aqui na capital.

Um time inesquecível. Quem relembra é o desportista Francisco Sales Moraes Neto, que no bairro do Itacorubi, comandou o Fluminense, equipe também extinta do futebol da capital. “Gainete, Marreco, Nei, Sombra, Oscar e Valério entre outros, não tem como esquecer. Jogavam o belo futebol”, exalta Chiquinho.

“O Gainete era centro avante do Tamandaré (mais uma equipe extinta), no Paula Ramos virou goleiro”, completa. A escalação do Paula Ramos de 1959 até hoje é citado de cor por quem acompanhou aquele clube: Gainete. Marreco e Neri; Manoel, Zilton e Nelinho; Hélio, Valério, Oscar, Sombra e Zachi com o treinador Hélio Rosa no comando.

Curiosidades 6u1f4x

Além do trio campeão estadual, Externato, Paula Ramos e Atlético Catarinense a lista de equipes extintas é enorme. O historiador Adalberto Klüser, autor de livros de resgate do futebol da capital e do estado, como “Era uma vez no Oeste”, relembrando a participação do Palmitos no estadual de 1976, relaciona equipes como Tamandaré FC, Íris FC, Crispim Mira, Cruzeiro FC, Adolpho Konder, C.A. Guarani e Bocaíuva como importantes na história do nosso futebol, pela contribuição dada na revelação de grandes e importantes atletas da capital e pelas curiosidades.

“Até 1968, Avaí e Figueirense sempre contavam no seu elenco com um
jogador que foi destaque numa dessas equipes extintas”. “O Tamandaré teve um dos maiores jogadores da sua história o Camisa (Alvim Barbosa), pai do poeta Zininho, autor do hino de Florianópolis.”, cita Adalberto. Outro fato curioso relembrado, é o time do Adolpho Konder, formando por integrantes da Força Pública, atual Polícia Militar que no estadual de 1929, chegou ao vice-campeonato estadual perdendo a final para o Caxias de ville.

Encerramento das Atividades 243lt

Apesar de algumas características particulares nos encerramentos das atividades de alguns clubes como no Externato, após a intervenção dos padres e do Paula Ramos que preferiu centrar suas ações em um clube social, a maioria dos clubes extintos da capital saiu do futebol
por um mesmo motivo: o aumento das despesas com a implantação do profissionalismo do futebol.

Para o já citado escritor Maury Dal Grande Borges, “Muitas dessas equipes, apesar de disputarem jogos com Avaí e Figueirense, eram times pobres. Eles pegavam as bolas emprestadas da dupla da capital nos jogos no Adolfo Konder”.

E complementa “a partir do momento que ocorreu a estadualização das competições com viagens, estadias etc., muitas dessas equipes optaram por continuar no futebol amador encerrando suas atividades logo
depois”.

Sorte da dupla Avaí e Figueirense que acolheram vários craques dessas equipes e ampliaram os números de torcedores da capital e região.

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