A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) solicitou à Fifa que os jogadores punidos por envolvimento em esquemas de apostas na Operação Penalidade Máxima sejam impedidos também de atuar em clubes do exterior.

A ideia é que a punição seja estendida a todos as 211 federações filiadas à entidade máxima do futebol mundial.
Vale ressaltar que na última quarta-feira (9) nove jogadores foram punidos pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). São eles:
- Nino Paraíba, atleta do Paysandu: punido com 480 dias e multa de R$ 40 mil;
- Bryan, atleta que teve como último clube no Brasil o Athletico-PR: 360 dias e multa de R$ 30 mil;
- Diego, atleta do Desportivo Aliança-AL: 360 dias e R$ 70 mil;
- Alef Manga, ex-jogador do Coritiba: 360 dias e R$ 30 mil;
- Vitor Mendes, jogador do Fluminense, emprestado pelo Atlético-MG: 430 dias e R$ 40 mil;
- Sávio Alves, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Goiás-GO: 360 dias e R$ 30 mil;
- Thonny Anderson, ex-jogador do ABC: multa de R$ 40 mil;
- Dadá Belmonte, atleta do América-MG: 720 dias e R$ 70 mil;
- Igor Cárius, atleta do Sport: R$ 540 dias e R$ 50 mil.
Eduardo Bauermann, Moraes, Paulo Miranda, Gabriel Tota, Fernando Neto, Lomónaco e Matheus Gomes já haviam sido condenados antes.
A maioria dos clubes brasileiros que tiveram atletas citados na operação já haviam optado pela saída dos jogadores. Outros acharam como saída negociá-los para clubes do exterior.
O atacante Alef Manga, réu confesso na operação, deixou o Coritiba para atuar pelo Pafos, do Chipre. Além dele, o zagueiro Eduardo Bauermann deixou o Santos para atuar pelo Aytemiz Alanyaspor, da Turquia.
“É importante ressaltar que, desde que tomei conhecimento, pelo Ministério Publico de Goiás, das denúncias de manipulação de resultados, encaminhei à presidência da República e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, ofício solicitando que a Polícia Federal asse a investigar os casos de manipulação de apostas e tive o pedido prontamente atendido”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
“Um o que foi fundamental para chegarmos à atual situação”, completa o mandatário.
Veja a nota da CBF na íntegra: 4c5nh
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tão logo o STJD decidiu pelas primeiras punições de atletas envolvidos em esquemas de apostas esportivas no Brasil, enviou solicitação à FIFA para que essas punições fossem estendidas para além do território nacional e contemplassem as 211 federações membros da entidade máxima do futebol.
Os jogadores que foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ficaram assim impedidos de atuar também em clubes no exterior. O grupo de atletas condenados em julho recebeu punição definitiva, ou seja, sem direito a recurso no âmbito desportivo nacional.
Com a decisão, os 15 jogadores que sofreram a condenação definitiva foram bloqueados no Sistema de Registro e Transferências da CBF.
A Diretoria de Registro e Transferência da CBF, seguindo os regulamentos da FIFA, notificou as federações estrangeiras diretamente e por meio da plataforma FIFA TMS, acerca da decisão final do STJD, assim como foram abertos procedimentos junto ao Comitê Disciplinar da FIFA, pelo Portal Legal da entidade, para extensão internacional dos efeitos da referida decisão.
No caso de um dos atletas, a federação estrangeira recusou a transferência internacional tão logo recebeu a notificação da CBF. Todas estas federações deram ciência quanto ao recebimento da decisão.
Quanto ao recente julgamento do STJD, ocorrido na última quarta-feira (09/08), houve uma decisão em primeira instância, que resultou em punições que variam de 360 a 720 dias de suspensão aos jogadores condenados.
A CBF, assim que teve notícias da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás, encaminhou ao STJD um pedido de suspensão cautelar dos atletas envolvidos. O STJD, por sua vez, acolheu o pedido de suspensão. A CBF comunica à FIFA todas as decisões do STJD, em qualquer instância.
“É importante ressaltar que, desde que tomei conhecimento, pelo Ministério Publico de Goiás, das denúncias de manipulação de resultados, encaminhei à presidência da República e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, ofício solicitando que a Polícia Federal asse a investigar os casos de manipulação de apostas e tive o pedido prontamente atendido. Um o que foi fundamental para chegarmos à atual situação. Não há a possibilidade de a nossa gestão, em qualquer instância, compactuar com qualquer tipo de crime. Todos os casos estão sendo encaminhados para a FIFA e os envolvidos vão responder onde quer que estejam”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.