
O Criciúma ainda não conseguiu virar a chave sob comando de Eduardo Baptista. Há exatamente 20 dias, ele era anunciado como substituto de Zé Ricardo e chegava ao clube ostentando apoio de grande parte da torcida. Agora, após quatro jogos e nenhuma vitória, questionamentos se intensificaram, inclusive com protestos da torcida diante do mau rendimento do time.
Nessa segunda-feira (26), cerca de sete mil torcedores foram ao estádio Heriberto Hülse na esperança de acompanhar a reação da equipe na temporada. Mas o que aconteceu foi uma nova derrota, desta vez para o Coritiba, por 1 a 0. Resultado que aumenta para seis o número de jogos sem vitórias na Série B e que coloca o clube catarinense na vice-lanterna.
“Continuo acreditando. Sou muito convicto no que estou fazendo. A maneira com que jogamos precisa de coragem para fazer. Essa coragem que os atletas transparecem me deixa mais convicto. Tem uma janela, vamos reforçar, mas os atletas estão se entregando”, avaliou o treinador.
Falta de gols ilustra o início ruim de Eduardo Baptista no Criciúma 46o5r
O início desanimador de Eduardo Baptista como técnico do Tigre está atrelado a esta sequência: eliminação na Copa do Brasil com direito a goleada de 6 a 0 para o Red Bull Bragantino, apenas um ponto conquistado em nove na Série B, e nenhum gol marcado nestes 20 dias.

“A derrota foi doida de novo, ficamos tristes, mas buscamos sinais de que as coisas estão acontecendo. A gente precisa terminar na parte ofensiva. Precisamos buscar assertividade, potencializar quem está aqui e o Ítalo no mercado tentar reforçar dentro da ideia de todos aqui”, disse.
Eduardo Baptista no Tigre:
- Criciúma 0x0 Volta Redonda
- CRB 1×0 Criciúma
- Red Bull Bragantino 6×0 Criciúma
- Criciúma 0x1 Coritiba
“Troca de técnico é sacramentar o rebaixamento”, afirma comentarista 43336q
O comentarista Renato Semensati, da NDTV Criciúma, diz que Eduardo Baptista precisa reavaliar o sistema de jogo para encontrar soluções que tirem o Tigre da má fase. Na leitura de Semensati, a falta de um legado do último treinador dificulta o atual trabalho.
“São 20 dias, nenhuma vitória, um ponto, nenhum gol marcado, evidentemente não é o que o torcedor esperava e eu acho que não é o que o Eduardo Baptista esperava. Agora, pese a favor dele o seguinte: o Zé Ricardo não deixou absolutamente nada de formação de time, de base de time. Ele chegou, mudou o sistema e acho que está errando nas alterações. O Eduardo tem contribuído, mas não é o principal culpado. Ele tem que fazer a leitura: será que dá mesmo para jogar com três zagueiros?”, questiona.

Para o comentarista, uma possível troca de treinador neste momento da temporada pode inviabilizar a permanência do Criciúma na Série B. Por isso, é necessário apostar na recuperação e esquecer Cláudio Tencati, o responsável pelo último bom trabalho no comando técnico do clube.
“Trocar de treinador novamente é sacramentar o rebaixamento. Tem que ser com o Eduardo. O Criciúma tem que apostar na recuperação dele, ele tem que apresentar mais, mas eu sou totalmente contrário a trocar treinador. É um treinador que era unanimidade e em quatro jogos não dá para mudar tanto assim. Ele mostrou nos dois últimos anos. Será que ele desaprendeu de março para cá? Ficar trocando não vai resolver. E não adianta ser viúva do Claudio Tencati, isso não resolve”, argumentou.
O Criciúma volta a campo no dia 2 de junho, quando visita o Paysandu no Estádio Mangueirão, em Belém (PA), pela 10ª rodada da Série B. O Tigre não vence desde a terceira rodada, quando goleou o Athletic por 4 a 0, ainda sob comando de Zé Ricardo.