Como seria um jantar tipicamente brasileiro à época do descobrimento de nossa pátria amada? Peixes variados, caças, muitas frutas frescas, palmito e mandioca não faltariam. No Brasil Colônia, hábitos da cozinha indígena influenciaram as insípidas receitas trazidas pelos portugueses, fosse pelos novos e exuberantes sabores, muito frescos, fosse pela substituição de algum ingrediente que não havia por aqui. Os escravos deram importante contribuição à nossa identidade culinária, tanto no modo de preparar os alimentos como na introdução de leite de coco, azeite de dendê, banana e pimenta-malagueta, cujas mudas trouxeram consigo a bordo dos impensáveis navios negreiros. Foi uma confusão o nascimento da cozinha brasileira, mas deu certo.
Estás a crer?
“… Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão…” – trecho da carta de Pero Vaz de Caminha a Dom Manuel, datada de 1º de maio de 1500, dando conta do assombro dos índios diante das galinhas, até então inexistentes por essas paragens.

Pôr do sol, nascer da lua e piquenique
Um grande piquenique, que vai unir gastronomia, vinhos e música, acontecerá na tarde do dia 28 de abril, no Wine Garden da vinícola Monte Agudo, em São Joaquim. O Sunset Festival será marcado pela contemplação à natureza, ao pôr do sol e ao nascer da lua cheia na Serra Catarinense. Mais informações no site www.checkin4wine.com
Gastronomia, arte e música
… é a proposta do novíssimo Arts Gastronomia,. O cardápio assinado pelos chefs Sara Sanchez e Hugo Olachea, cuja expertise já conhecemos – e gostamos – de outras casas do Grupo Novo Brasil.
Josefinas
O nome, que homenageia Dona Josefa, avó das primas Andrea e Mari, já antecipa que os doces finos que vamos encontrar ali são muito especiais. A paixão pela gastronomia, as lembranças da infância, o olhar nas novas tendências de mercado e a necessidade da clientela criaram Josefinas, a nova doçaria que inaugurou esta semana no Trompowsky Corporate. Tudo encantador, delicioso, com sabor de carinho.

Delícias do Descobrimento, pela editora Zahar, é o livro de Sheila Moura Hue
que conta o que se comia no Brasil no primeiro século após o descobrimento.
Traz ilustrações da época, registros das descobertas de novos ingredientes e seu
uso nas tradicionais – Editora Zahar
Galinha Mourisca e mesóclises de Dona Maria, a Infanta
Dentre os poucos registros das receitas no século XVI, muitos são da Infanta Dona Maria, neta de Dom Manuel, que tinha gosto pela culinária e deixou preciosidades em seu “Livro de Cozinha”, como a receita da Galinha Mourisca, ainda que de Portugal …. “Tomareis uma galinha crua e fá-la-eis em pedaços. Então metê-la-eis numa a e tomareis uma cebola e salsa, coentro e hortelã, tudo verde, e segá-lo-eis como para salada, e com duas colheres de manteiga e uma talhada de toucinho tamanho como meio ovo, e isto tudo dentro da a com a galinha e com tudo bem afogada. E dês que for afogada, deitar-lhe-ão água, quanta bastar para se cozer a galinha, porque lhe não hão-de tornar a deitar mais água. E dês que for acerca cozida, deitar-lhe-ão os adubos e deitar-lhe-ão sumo de limões. E depois que for muito bem cozida tomareis um pão e fatiá-lo-eis num prato, e deitareis a galinha em cima e por cima da galinha poreis umas gemas escalfados, e por cima canela pisada.”

Maçapão ou marzipan de castanhas de caju
Originalmente feito com amêndoas, como na foto, no Brasil Colônia usava-se a castanha de caju. e 1kg de castanhas-de-caju assadas e sem sal pelo processador até obter uma farofa. À parte, misture 1kg de açúcar cristal a 4 xícaras (chá) de água e leve ao fogo até atingir o ponto de bala mole. Desligue e junte 1 colher (chá) de água de flor de laranjeira. Misture a calda à castanha moída e 1 colher (sopa) de farinha de trigo, mexendo sempre, até que a massa fique homogênea. Volte a a ao fogo sempre mexendo e cozinhe até que comece a desgrudar do fundo da a, como um brigadeiro. Deixe esfriar e faça os maçapães no formato que desejar. Rende 60 unidades.
Galinha Mourisca e mesóclises de Dona Maria, a Infanta
Dentre os poucos registros das receitas no século XVI, muitos são da Infanta Dona Maria, neta de Dom Manuel, que tinha gosto pela culinária e deixou preciosidades em seu “Livro de Cozinha”, como a receita da Galinha Mourisca, ainda que de Portugal …. “Tomareis uma galinha crua e fá-la-eis em pedaços. Então metê-la-eis numa a e tomareis uma cebola e salsa, coentro e hortelã, tudo verde, e segá-lo-eis como para salada, e com duas colheres de manteiga e uma talhada de toucinho tamanho como meio ovo, e isto tudo dentro da a com a galinha e com tudo bem afogada. E dês que for afogada, deitar-lhe-ão água, quanta bastar para se cozer a galinha, porque lhe não hão-de tornar a deitar mais água. E dês que for acerca cozida, deitar-lhe-ão os adubos e deitar-lhe-ão sumo de limões. E depois que for muito bem cozida tomareis um pão e fatiá-lo-eis num prato, e deitareis a galinha em cima e por cima da galinha poreis umas gemas escalfados, e por cima canela pisada.”