Interditada desde o dia 28 de dezembro a ponte sobre o Rio Chapecó segue fechada. Localizada na Rodovia da Integração, que liga as cidades de Coronel Freitas a União do Oeste, no Oeste de Santa Catarina, a ponte foi interditada pela Defesa Civil depois que dois pilares de sustentação caíram e comprometeram a segurança do local.

A estrutura conta com 160 metros de comprimento e foi construída há 42 anos, em 1979. A ponte foi reformada em 2016. Segundo informações de moradores das proximidades, essa não é a primeira vez que ela é interditada. Há cinco anos um pilar também caiu e o local foi fechado.
De acordo com a Defesa Civil de Coronel Freitas, ainda não é possível afirmar os motivos da queda, mas a avaliação será feita por um profissional especializado para identificar as possíveis causas e solucionar o problema.
Uma trajeto que antes levava poucos minutos, agora é feito por um desvio que aumenta o tempo de deslocamento em quase uma hora. O caminho da ponte até o centro de Coronel Freitas é de 12 km de asfalto, mas com o desvio subiu para 29 km.
O novo trajeto é feito pela rodovia estadual SC-482. São 10 km de estrada de chão até chegar ao município de Quilombo e ar a SC-157. Pelo caminho, os motoristas precisam enfrentar uma ponte de madeira, pedras soltas e muita poeira. Quem precisa atravessar ou faz o desvio, ou se arrisca caminhando a pé na estrutura que está comprometida.
A ponte está localizado na linha Cotovelo e é um caminho curto de ligação entre os dois municípios. Enquanto elansegue fechada, a orientação da Defesa Civil é que os usuários utilizem a rota pela BR-282 em Nova Erechim, ou pela SC-157 pela ponte que vai a cidade de Quilombo pela linha Esperança.
Prejuízos 666h66
O produtor rural Sidemar Luis Girotto tem mais de mil suínos na propriedade localizada próximo a ponte. Todos os mantimentos para manutenção saem da cidade, mas com o desvio, além do tempo, os gastos também aumentaram.
Segundo ele, a agricultura trabalha em cima de mão de obra para ter um pequeno ganho ao fim de cada ano. “Essa mão de obra vai embora, você fica andando nas estradas em vez de trabalhar. Não está fácil. Sem contar os fretes, os caminhões de ração e de suínos e o próprio carregamento de leite que chega até perto da ponte, volta e vai até o outro lado para continuar a rota. Isso acarreta em grandes prejuízos”, disse.

A comerciante Carine Américo Ribeiro, se arrisca atravessando a ponte a pé. Ela tem um bar e viu o movimento cair desde que o local foi interditado. “Prejudicou bastante porque tínhamos muitos clientes de Coronel Freitas que vinham para cá. Agora poucos fazem a volta porque ficou muito mais longe. Prejudica até para os entregadores de bebida”, comentou.
A prefeitura de Coronel Freitas, responsável pela ponte, informou por meio de nota que o local foi interditado por 30 dias e que esta semana será feita uma análise técnica na estrutura por uma equipe de especialistas. Com o laudo pronto o município tomará todas as medidas necessárias para o reparo.
Veja fotos do local: 3u4870
Com informações do repórter Rodrigo Gonçalves da NDTV Chapecó*