A Sinart, empresa de Salvador, venceu a licitação para ser a concessionária do Terminal Rodoviário Rita Maria de Florianópolis. Com uma proposta de R$ 1,29 milhão, a empresa, presente em 13 Estados e operando 37 terminais e cinco aeroportos, foi a única a participar da concorrência.

O Rita Maria é a porta de entrada da Sinart no Sul do país e a companhia quer investir cerca de R$ 35 milhões nos dois anos iniciais da operação, a fim de promover um choque de gestão na rodoviária.
Nos próximos 30 anos, a Sinart, sigla para Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico, vai trabalhar na modernização, eficientização, operação, manutenção e exploração comercial do Rita Maria.
De acordo com o presidente do conselho de istração da empresa, Eduardo Pedreira, as primeiras mudanças serão nos banheiros e nas questões de ibilidade.
“O Rita Maria tem um fluxo interessante e o equipamento público, além de ser bonito, não está modernizado, está aquém das possibilidades que os catarinenses merecem. Vimos uma oportunidade de mostrar um pouco da nossa marca”, disse Pedreira, explicando porque a empresa disputou o edital.

A proposta da Sinart foi analisada e aprovada pela comissão especial de licitações da Secretaria de Estado da istração em sessão pública de abertura dos envelopes das companhias interessadas, na tarde de terça-feira (26) no Teatro Pedro Ivo.
A comissão analisou a garantia da proposta, a proposta comercial e a documentação. Com tudo aprovado, a Sinart foi declarada vencedora do certame lançado em junho pela Diretoria de Desestatização e Parcerias do Estado, vinculada à Secretaria da Fazenda.
Além do Rita Maria, a Sinart está de olho em mais concessões no Estado, a exemplo do aeroporto de Jaguaruna e outras rodoviárias. Especificamente no Rita Maria, entre outras mudanças, a Sinart implantará escadas rolantes, elevadores, sistema de energia fotovoltaica e, em cinco anos, visa obter certificação internacional.
“Não está previsto no edital, mas é uma demanda que devemos cumprir”, disse Pedreira. Segundo ele, a empresa está construindo um terminal na Bahia que tem essa exigência.
“Será o único da América Latina com a certificação do Banco Mundial. Vamos pegar essa experiência e ver como podemos trazer para cá”, afirmou o executivo.
Sem escritório em Santa Catarina, a empresa vai trazer uma equipe experiente para um “choque de gestão” no Rita Maria. A intenção é manter a maioria dos funcionários de hoje, com adaptações pontuais.
“No início, temos que mostrar os módulos de gestão que temos e controlamos. É preciso um aculturamento de como a empresa opera e, depois, partimos para o crescimento de carreira de cada um”, enfatizou Pedreira.
Economia e arrecadação para o Estado 6u355i
Fundado em 7 de setembro de 1981, o Rita Maria tem uma área de 70 mil metros quadrados, e um movimento diário de aproximadamente 10 mil pessoas circulando em 215 linhas de ônibus. O Secretário de Infraestrutura, Thiago Vieira, recorreu a uma frase de um servidor da Fazenda ao falar sobre o futuro do Rita Maria:
“Temos o maior aeroporto do Brasil aqui em Santa Catarina e era um aeroporto com cara de rodoviária. Hoje, queremos ter uma rodoviária com cara de aeroporto.”

Vieira destacou que o Rita Maria é um serviço público importantíssimo, o grande coração do sistema de transporte intermunicipal e interestadual de ageiros e precisava de atenção. Ainda conforme Vieira, a rodoviária tem um padrão bom hoje, mas pode ser muito melhor.
Ele também argumentou que a concessão representa economia e arrecadação para o Estado. “Teremos a arrecadação do valor de outorga e a melhoria do serviço público para o cidadão por meio dos investimentos de mais de R$ 40 mi, que é obrigação da concessionária”, registrou Vieira.
Os próximos os n574m
Diretor de desestatização e parcerias na secretaria da Fazenda, Ramiro Zinder disse que acompanhará os trabalhos até a do contrato. Depois, a secretaria de Infraestrutura fiscaliza a gestão.

A vencedora da licitação foi anunciada no Diário Oficial do Estado da última terça. Será aberto um prazo recursal e, não havendo questionamentos, vem a homologação. Depois, a empresa terá 60 dias para criar um CNPJ novo.
O diretor se disse feliz por mais esse o rumo à concessão do Rita Maria, projeto iniciado no final de 2019. Segundo ele, o grande objetivo é melhorar o serviço público e transformar a rodoviária num grande local de entretenimento no Centro e devolvendo o protagonismo que o Rita Maria nunca deveria ter perdido.