Enchentes no Alto Vale: construção de minibarragens busca minimizar impactos das chuvas 5a4ju

Governo de Santa Catarina anunciou mais de R$ 100 milhões destinados à construção de minibarragens no Alto Vale 4p3p48

A região do Alto Vale do Itajaí foi uma das mais prejudicadas pelas fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em outubro e novembro. Para minimizar os impactos causados pelas cheias, o Governo de Santa Catarina investirá mais de R$ 100 milhões para construir três minibarragens.

Governo de Santa Catarina anunciou mais de R$ 100 milhões destinados à construção de minibarragens no Alto Vale Enchentes no Alto Vale: construção de minibarragens busca minimizar impactos das chuvas – Foto: PRF/Divulgação/ND

O anúncio foi feito no final de novembro, durante uma coletiva de imprensa na Celesc. Na ocasião, o governador Jorginho Mello (PL) comunicou que o lançamento da licitação deve acontecer em fevereiro de 2024.

A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade é a responsável pela construção das três estruturas nas cidades de Braço do Trombudo, Mirim Doce e Petrolândia. O orçamento estimado é de R$ 60 milhões cada uma.

Conforme a secretaria, ainda estão sendo dados os primeiros os internamente para estruturar o projeto de construção.

Alto Vale foi fortemente castigado pelas cheias 301s1q

As cidades do Alto Vale ainda estão em processo de recuperação após os inúmeros estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram a região. Enxurradas, deslizamentos e enchentes marcaram os moradores, que tiveram que deixar suas casas para se manter em segurança.

Com as condições climáticas atípicas que atingiram a região no mês de outubro, diversas cidades viram a necessidade de decretar situação de emergência, como Rio do Sul, Taió, Trombudo Central, Rio do Oeste, Laurentino, Mirim Doce, Presidente Getúlio, Agronômica, Agrolândia, Dona Emma, Ituporanga e Lontras.

Rio do Sul, a maior cidade da região, foi uma das mais afetadas pelas cheias. Em dois meses, o município enfrentou seis enchentes, uma delas foi a segunda maior de sua história.

Em novembro, 13 municípios catarinenses decretaram estado de calamidade pública.

Para auxiliar na reconstrução das cidades atingidas, o Governo de Santa Catarina anunciou mais de R$ 150 milhões destinados às prefeituras, para que os municípios possam se reerguer após as chuvas.

Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Gabriela Szenczuk/NDTV
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Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Gabriela Szenczuk/NDTV
Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Tayze Apolinário/Prefeitura de Trombudo Central/Divulgação/ND
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Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Tayze Apolinário/Prefeitura de Trombudo Central/Divulgação/ND
Enchente de novembro deixou rastro de destruição em Trombudo Central - Gabriela Szenczuk/NDTV
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Enchente de novembro deixou rastro de destruição em Trombudo Central - Gabriela Szenczuk/NDTV
Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Tayze Apolinário/Prefeitura de Trombudo Central/Divulgação/ND
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Imagens mostram situação de Trombudo Central, após a maior enchente de sua história - Tayze Apolinário/Prefeitura de Trombudo Central/Divulgação/ND

Projetos visam minimizar impactos das chuvas 61j64

De acordo com a Defesa Civil do Estado, o projeto Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão) logo deve sair do papel.

O projeto consiste em uma série de ações para minimizar os impactos causados pelas chuvas, como a construção das barragens e dragagem dos rios.

Ainda conforme a Defesa Civil, os melhoramentos fluviais já estão em processo de licenciamento ambiental.

O projeto Jica é uma cooperação técnica que iniciou em 2009, sendo realizados estudos e seleção de prioridades que compõem o plano atual, o qual consiste na construção de barragens em municípios do Alto Vale.

Construção de minibarragens 4k3r3i

Durante a coletiva de imprensa, o governador Jorginho Mello falou sobre a construção de minibarragens nas cidades de Braço do Trombudo, Mirim Doce e Petrolândia.

Conforme o Governo de Santa Catarina, o orçamento das construções das minibarragens é de R$ 180 milhões, cerca de R$ 60 milhões cada uma. Jorginho comentou que ainda em fevereiro pensa em lançar a licitação para fazer a contratação dos responsáveis por fazer as obras.

“Nós vamos iniciar, começar com as barragens, depois com dragagem. Nós vamos dar o primeiro o para amenizar o sofrimento das pessoas que querem se mudar de lá. Eu tenho dito, ‘fique!’ É uma região belíssima. Nós vamos fazer a nossa parte. Enfim, nós vamos iniciar um processo que ninguém iniciou até hoje”, destacou Jorginho.

Como funcionam as barragens 2t5d4o

As barragens são importantes estruturas na contenção de cheias, principalmente quando há um volume expressivo de chuva. O professor Ademar Cordero, da Furb (Universidade Regional de Blumenau), explicou como as barragens funcionam e sua importância para os munícipios que sofrem com enchentes.

Ele explica que uma barragem possui o próprio barramento, que pode ser de terra ou concreto.

“Tem os orifícios de fundo que podem ser controlados com comportas e tem o vertedor em cima dela [barragem]. O vertedor serve pra controlar a vazão para a água nunca ar por cima da própria estrutura”.

Ademar ainda comenta que muitas pessoas não sabem que o vertimento das barragens é comum. “Em cima do vertedor, ela é programada para ar, porque tem muita gente que se preocupa, mas é normal ar por cima quando ela enche”, explica.

Governo de Santa Catarina anunciou mais de R$ 100 milhões destinados à construção de minibarragens no Alto Vale Governo de Santa Catarina anunciou mais de R$ 100 milhões destinados à construção de minibarragens no Alto Vale – Foto: Defesa Civil de Santa Catarina/Divulgação/ND

Sobre a diferença entre uma barragem e uma minibarragem, o professor destaca que é apenas o tamanho, pois são operadas da mesma forma.

Conforme Ademar, é importante que uma barragem de enchente esteja com o mínimo de água possível quando uma chuva que apresente risco de cheia começa.

“Quando começa a chuva com o risco de enchente, ela tem que ser fechada. E depois que a enchente ar, ela tem que ser aberta para esperar a próxima”.

Nos meses de outubro e novembro, por ter uma enchente atrás da outra, não houve tempo de esvaziar as estruturas.

“Mas quando as enchentes são longe uma da outra, aí você sempre mantém ela vazia e só fecha quando começa a ter risco de enchente”, pontuou.

O professor ainda explicou que a construção dessas barragens são importantes para conter as enchentes nas cidades localizadas abaixo delas, a fim de evitar prejuízos causados pelo alto volume de água que desce para esses locais.

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