Parece que a areia da praia Central de Balneário Camboriú no Litoral Norte de Santa Catarina já da sinais de que vai mesmo clarear ao longo do tempo. Mesmo com os últimos dias chuvosos na região, algumas fotos mostram a tonalidade da areia mais clara em alguns pontos, destoado da que sai do centro do maquinário.
Imagens do primeiro dia em que a draga Galileo Galilei começou a trabalhar e outras mais recentes mostram diferentes tonalidades na areia da praia Central, a ausência de maquinários em alguns pontos pode indicar um dos motivos da mudança.
A secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloisa Lenzi, explica que o processo depende de outros fatores além do tempo. “Para clarear temos que considerar alguns fatores tais como as condições climáticas, pois ela vem misturada com água e consequentemente mais escura. Além disso, a movimentação do maquinário acaba por compactar a areia devido a saturação do solo com excesso de água, formando uma lama”, explica.
A secretária destaca ainda que a jazida da areia foi estudada previamente e vai ficar da tonalidade natural conforme for secando, para isso, é necessário sol e tempo seco, por isso, não há garantias de que a areia esteja clara ou não até a temporada. Tudo vai depender do tempo.
Livre de ressaca e505n
Não é raro a Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, amanhecer “alagada”. Episódios assim geralmente acontecem em dias de ressaca do mar, quando a maré sobe, ultraa a calçada e invade uma das principais avenidas da cidade.
Ainda de acordo com Heloísa, evitar este tipo de acontecimento é um dos principais objetivos da obra de alargamento.
“A obra é o primeiro o e em conjunto com a nova urbanização da Avenida Atlântica e um novo projeto de drenagem pluvial são as medidas necessárias e complementares para que se tenha o projeto de recuperação costeira completo”, destaca.
E o sombreamento? f2452
Outro questionamento sobre o alargamento da faixa de areia da praia Central, é que se ele irá resolver o sombreamento da praia. O prefeito da cidade, Fabrício Oliveira (Podemos) explica que, apesar de haver esta expectativa por parte da população, este não é o real objetivo da obra.
“Quando se iniciou os primeiros estudos havia essa expectativa de uma parte da população. No entanto, o objetivo da obra é a reestruturação costeira para evitar os eventos mais extremos quando as marés astronômicas de sizígia combinadas com ventos e ciclones extra-tropicais geram eventos de forte erosão costeira”, explicou.

Oliveira completa explicando que “com mais espaço na praia, será possível reconstruir a berma da praia que, em conjunto com a vegetação de restinga que será plantada, vão auxiliar para que estes eventos extremos tenham menor impacto na infraestrutura. Também a obra pretende ampliar o espaço para o uso de lazer, micro mobilidade, equipamentos urbanos, enfim, ampliar a área de uso para população”, explicou.