Com o ar das horas, a luz do dia revela detalhes do estrago causado pelo rompimento de um reservatório da Casan no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, na madrugada desta quarta-feira (6). Dezenas de casas foram destruídas e carros foram arrastados após a estrutura colapsar, por volta das 02h da madrugada.
Líder comunitário fala sobre serviço de acolhimento a famílias afetadas por rompimento de reservatório de 2 mil metros cúbicos em bairro de Florianópolis, nesta quarta-feira (6) – Foto: Reprodução/NDTV
Em entrevista à NDTV, o líder comunitário Fernando revelou a aflição de ter a casa tomada pela força da água e também amargar prejuízos com relação a este rompimento. Por sorte, ninguém da sua família saiu ferido.
“Eu também fui afetado, a minha casa encheu de água, minha mãe que é cadeirante foi levada para a casa da minha irmã. Então, assim, não vamos desistir. É apenas o primeiro o, acolhemos todo mundo na igreja, já conseguimos hospedagem para as pessoas que não poderão voltar para suas casas, mas já de antemão peço encarecidamente que ajudem nossa comunidade. Nós vamos precisar e muito”, afirmou o líder comunitário.
Segundo Fernando, uma parte da comunidade afetada está abrigada na Capela Rosa Mística e está recebendo doações de artigos como roupas, calçados, eletrodomésticos e alimentos.
“O que a gente quer agora neste momento é que todos se empenhem para que a gente possa ajudar nossa comunidade. Temos pessoas que perderam tudo, pessoas que batalharam durante toda uma vida para ter aquele pouco que, para ele, aquele pouco é tudo”, disse o morador.
Rompimento de reservatório da Casan revelou cenário de guerra 3tv67
Na madrugada desta quarta-feira (6), por volta das 2h, uma tragédia pegou vários moradores de surpresa, causando estragos e prejuízos ao bairro Monte Cristo, na área continental de Florianópolis.
Um reservatório de água da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), que comporta cerca de 8 milhões de litros de água, rompeu e deixou um grande rastro de destruição.
Fotografias do repórter da NDTV, Paulo Mueller, revelam a grande destruição que a estrutura rompida deixou, em especial na rua Luiz Carlos Prestes. No local, havia dois reservatórios de água da Casan.
A estrutura mais antiga ficou intacta, enquanto a estrutura maior, construída em 2022, colapsou e atingiu várias casas com a quantidade de água potável que ali estava armazenada. Carros foram arrastados, mobílias foram destruídas e moradores tiveram que sair de casa em busca de proteção.
Conforme o diretor-presidente da Casan, Edson Moritz Martins da Silva, equipes técnicas da Casan estão fazendo verificações para certificar que não há mais riscos no local. Porém, a tendência é que a estrutura que se rompeu seja demolida.
Além disso, de acordo com o diretor-presidente, será feito um levantamento na região para permitir que os moradores que não tiveram problemas maiores em suas casas possam voltar para sua moradia.
“É importante dizer que não houve nenhum ferimento (…), houve sim muitos danos materiais nas casas, uma situação dramática”, reforça o presidente.
Segundo o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, o incidente pegou todos de surpresa. O prefeito afirma que equipes da prefeitura estiveram no local desde as primeiras horas para ajudar a população atingida.
Conforme informado pela Casan, uma força-tarefa foi mobilizada com líderes comunitários, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Miliar, Defesa Civil, Casan, Secretaria Municipal de Segurança Pública e Guarda Municipal.
Um posto de comando foi montado na sede do 22° Batalhão de Polícia Militar (BPM), que fica em frente à estrutura rompida e todo atendimento está concentrado ali. No local, a Casan realiza o cadastramento de moradores afetados para as devidas avaliações e indenizações.
Segundo o prefeito da Capital, um inquérito será aberto para apurar as causas do rompimento do reservatório. E além disso, será exigido da estatal que o abastecimento de água na região afetada seja mantido.
“Vamos acompanhar de perto todos os desenrolares dos acontecimentos no dia de hoje, dando atenção a todas as pessoas que foram atingidas”, pontua Topázio.
