A obra de alargamento da praia Central de Balneário Camboriú chegou ao Molhe da Barra Sul nesta segunda-feira (13), uma área que tem completa ausência de areia e apesar de alguns arranha-céus, conta com área livre para o sol.
O prefeito da cidade, Fabrício Oliveira (Podemos), compartilhou imagens da obra celebrando a chegada da areia à Barra Sul. “Praticamente chegamos ao molhe. Nessa área não possuíamos mais área de praia alguma. Com essa obra logo teremos um grande parque para as pessoas. Areia, jardins, árvores, grama, lazer, espaço de vida”, disse Oliveira.

Apesar da expectativa de mais sol na praia Central de Balneário Camboriú, o objetivo da obra é outro. “Quando se iniciou os primeiros estudos havia essa expectativa de uma parte da população. No entanto, o objetivo da obra é a reestruturação costeira para evitar os eventos mais extremos quando as marés astronômicas de sizígia combinadas com ventos e ciclones extra-tropicais geram eventos de forte erosão costeira”, explicou.
Porém, a área da Barra Sul é uma das mais iluminadas da orla da praia Central. A obra de alargamento já avançou mais de 1,2 mil metros desde o último de 22 de agosto, a secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloísa Lenzi, destaca mais detalhes da obra de recuperação.

“Com mais espaço na praia, será possível reconstruir a orla da praia que, em conjunto com a vegetação de restinga que será plantada, vão auxiliar para que estes eventos extremos tenham menor impacto na infraestrutura”, destaca Heloísa.
O avanço médio até aqui, é de 70 metros de praia por dia e a quantidade de areia já trazida pela draga até esta quarta é de aproximadamente 700 mil metros cúbicos.
FOTOS: Veja como estão outras praias alargadas como em Balneário Camboriú 4465w
A obra de recuperação da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú é desejada há décadas pela cidade e aumentará a orla, dos atuais 25 metros, em média, para 70 metros. A areia nova chega à praia vinda da draga Galileo Galilei, um moderno equipamento com capacidade de carga de 18 mil metros cúbicos por viagem, operado por uma tripulação especializada de 28 homens a bordo.
Apesar da capacidade de 18 mil metros cúbicos de areia em sua cisterna, nesta obra de Balneário Camboriú cada viagem trará de 10 a 12 mil metros cúbicos. A redução no volume de areia por viagem se faz necessária pela pouca profundidade da enseada.
Com a conclusão da obra, eventos mais extremos devem se tornar bem menos frequentes. “A obra de alargamento é o primeiro o e em conjunto com a nova urbanização da Avenida Atlântica e um novo projeto de drenagem pluvial são as medidas necessárias e complementares para que se tenha o projeto de recuperação costeira completo”, afirma Maria Heloísa.
Copacabana catarinense 2v2l10
Depois de “Dubai brasileira”, Balneário Camboriú possivelmente ganhará um novo apelido após a conclusão da obra de alargamento da praia Central, a de Copacabana brasileira. Isso porque, a praia ará a ser a segunda maior em faixa de areia do Brasil, perdendo apenas para Copacabana no Rio de Janeiro.
A draga Galileu Galilei foi contratada para trazer à superfície 2,155 milhões de metros cúbicos de areia, que serão espalhados por toda extensão da praia, uma das maiores obras de alargamento de faixa de areia da América Latina.

A Draga se tornou a nova estrela de Balneário Camboriú no Litoral Norte de Santa Catarina, atraindo moradores e turistas para assistir as mudanças que tem causado na faixa de areia da praia Central da cidade, a draga Galileu Galilei chegou a Balneário no domingo (22) e desde então já transportou mais de 120m³ de areia para a praia Central.