Uma reunião para discutir ações de recuperação na estrutura das pontes que ligam Ilha e Continente, em Florianópolis, deve acontecer nesta quarta-feira (25). O encontro entre a SIE (Secretaria de Infraestrutura Estadual) e o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) está marcado para às 16h, na Capital.

A expectativa é que novas ações para a manutenção das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles sejam definidas durante a reunião, que acontece na sede da Secretaria de Infraestrutura.
Pressão do MPSC 6a3921
O encontro foi definido após um “ultimato” dado pelo Ministério Público ao Estado. Por meio da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, o órgão disse que poderia entrar com um pedido judicial para a interdição parcial das pontes em até 30 dias, caso as obras de recuperação não fossem iniciadas.
Um relatório enviado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, em dezembro do ano ado, evidenciou os problemas e motivou a ação do MP.
No texto, a Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A aponta problemas nos blocos de sustentação das duas pontes, incluindo uma “corrosão bastante avançada, acompanhada de desplacamentos do concreto de recobrimento da armadura em sua face inferior”, na ponte Colombo Salles, saída da Ilha em direção ao continente.

Possível interdição das pontes é questionada 4h5l50
Para o governo estadual, a hipótese de interdição está fora de cogitação, já que a situação das pontes “não oferece risco de segurança aos usuários”.
Mesmo assim, o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, também afirmou, na última quinta-feira (20), que o governo trabalha para agilizar uma licitação para “revitalização total das estruturas e não apenas para intervenções pontuais e paliativas”.
Prefeitura de Florianópolis se manifesta sobre pontes 5t4958
Cidade que mais seria atingida no caso de interdição das pontes, a istração de Florianópolis também teme pela segurança dos motoristas que trafegam diariamente nas vias, e disse acompanhar de perto a situação, e que “mantém constante diálogo com o Governo do Estado”.
“A possibilidade de interdição das estruturas é vista com preocupação pelo Município, visto que as mesmas representam um ponto crucial da mobilidade da Grande Florianópolis, interferindo direta e indiretamente em serviços essenciais da Capital”, disse em nota a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade.

Já o CREA-SC (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), disse apenas que ressalta a importância da “elaboração de uma lei federal sobre manutenção predial, a exemplo da lei municipal de Balneário Camboriú, que realiza manutenção de forma preventiva”, com o objetivo de evitar situações similares à atual.
Procurados, o Ministério Público e a Secretaria de Estado de Infraestrutura afirmaram que só vão se pronunciar após a reunião desta quarta-feira (26).