Desde que assumiu a gestão do terminal rodoviário Rita Maria, em dezembro de 2022, e o compromisso de investir R$ 40 milhões, após vencer licitação do Estado, a empresa baiana Sinart destinou R$ 800 mil para melhorar o equipamento.

Quem está na rodoviária em deslocamento para outras cidades e Estados, ou atendendo ao público no comércio, percebe as primeiras mudanças. Os sanitários, por exemplo, que a Sinart reconhece não estarem impecáveis, estão em condições um pouco melhores.
Em breve haverá cobrança para uso deles, com isenções para idosos e pessoas com deficiência. O terminal está mais limpo, tem videomonitoramento, wi-fi, estacionamento automatizado e iluminado. O início da grande transformação, entretanto, está atrasado.
Mas a empresa, que opera 40 terminais no Brasil e tem três anos para executar a obra, garante que está no prazo. A concessão vai durar 30 anos.

“Quando assumimos, percebemos incoerência em vários projetos do prédio. Cadastramos o prédio inteiro, ou seja, qual a medida de cada parede, onde está cada cano, cada lâmpada, um trabalho minucioso, que leva tempo, e isso atrasou um pouco o nosso andamento”, explicou o gerente geral da concessionária, Artur Rodrigues.
Segundo ele, o trâmite foi alinhado com o Estado: “Os prazos estão dentro do cronograma. Não atrasamos nenhuma obrigação contratual em relação a prazo, só que atrasou um pouco o andamento”, frisou.
Após o cadastro, a Sinart, que criou o CNPJ Terminal Rodoviário de Florianópolis SPE Ltda. para operar a concessão, fez o projeto arquitetônico de reforma na rodoviária e o projeto para que o Rita Maria tenha energia fotovoltaica.
Os documentos aguardam aval da Secretaria de Estado da Infraestrutura. Foram enviados em 30 de maio e o prazo para retorno é 30 de julho. Contratualmente são 60 dias, mas o Estado pode pedir mais tempo.

Ao ND, a secretaria informou que o prazo para análise do projeto de energia fotovoltaica está dentro do estabelecido em edital e contrato, devendo ser encaminhado até o final de julho. Entretanto, não mencionou o projeto arquitetônico.
O que a empresa já fez:
- Em seis meses, cerca R$ 800 mil investidos em melhorias como limpeza, instalação de câmeras (50 instaladas), insumos, iluminação do estacionamento
- Estacionamentos 100% automatizados (R$ 300 mil de investimento)
- Wi-fi gratuito
- Informatização do sistema de controle de tarifa de embarque
- Manutenções emergenciais em banheiro
- Sinalização dos estacionamentos, com reserva de vagas para idosos e deficientes
O que ainda será feito 5jp2i
- Energia fotovoltaica
- Transformação e ampliação da área comercial
- ibilidade (serão instalados elevadores, escada rolante)
- Migração dos guichês para o mezanino
- Reforma nos banheiros
- Melhor aproveitamento da área da rodoviária
- eio até o Ticen (criando um o mais fácil para quem vem do Centro)
Início da reforma em outubro 1d3a43
A Secretaria de Estado da Infraestrutura reiterou que a transição de gestão entre Estado e Sinart “está fluindo bem e a empresa concessionária está dentro dos prazos”.
Sobre o cronograma de obras, o governo respondeu que o “edital e o contrato preveem um cronograma geral em que pode haver movimentação das etapas, desde que a data final não seja comprometida”.

O prazo da empresa para consolidar a reforma é de três anos. Assim que os projetos retornarem, a Sinart inicia as obras.
“Temos uma perspectiva de que em meados de agosto, inicie o sistema fotovoltaico, que tem prazos atrelados a agosto”, disse o gerente da empresa, Artur Rodrigues.
Segundo ele, é possível concluir a implantação do sistema em 30 dias, porque não precisa de demolição, só de instalação.
Se o sistema fotovoltaico quase não vai gerar transtorno aos usuários do Rita Maria, as mudanças arquitetônicas vão. Nesta fase, que deve começar entre outubro e novembro, são esperadas demolições e intervenções mais visíveis.

“Uma das obras é uma subestação nova de energia, com um gerador novo, fora da estrutura do prédio. Hoje, está na estrutura do prédio e a norma pede que seja fora”, observou.
“Paralelamente, vamos fazer os novos guichês das empresas de ônibus, que vão subir para o mezanino do prédio. Somado a isso tem a ibilidade, contemplada em qualquer mudança que fizermos”, afirmou o gerente.