Uma rede social vem causando polêmica nos últimos anos após se popularizar pela venda de nudes e vídeos de conteúdo erótico e sexual. Estamos falando do OnlyFans, uma plataforma onde os criadores de conteúdo adulto cobram s para que os usuários tenham o a conteúdos exclusivos.
Muitas pessoas encontraram uma fonte de renda – e de ascensão financeira – no OnlyFans, produzindo fotos e vídeos eróticos. E isso vem levantando o seguinte debate: o OnlyFans contribui para o empoderamento, a liberdade sexual e financeira ou a objetificação da mulher? Assunto para o podcast aDiversa desta sexta-feira (13).

Participam do episódio a pesquisadora de OnlyFans e graduada em História pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) Beatriz Bertoncini Rodrigues e a produtora de conteúdo e criadora do Concurso da Vagina Mais Bonita do Brasil, Ana Otani.
A apresentadora convidada é Bruna Stroisch, repórter do ND+, enquanto a cota masculina é o empreendedor e criador da primeira agência voltada para OnlyFans, a Santa Caliente, Pedro Albuquerque.
Mercado promissor 3gw4n
O OnlyFans tem hoje mais de 150 milhões de usuários e cerca de cinco milhões de criadores de conteúdo no mundo todo. Ana começou a trabalhar na plataforma em 2019, quando ainda era novidade no Brasil, após ter problemas com sua conta no YouTube.
“Um seguidor deu a ideia de vender fotos nua, aí contratei um fotógrafo, fiz um ensaio e alguns vídeo e vendeu muito. Em um mês faturei mais de R$ 180 mil. O povo começou a pedir mais e eu curti muito, continuei fazendo”, conta.
O empreendedor Pedro também surfou na onda do OnlyFans antes da popularização. Ele já acompanhava um crescimento da plataforma nos Estados Unidos e decidiu começar a oferecer serviço de assessoria para amigas brasileiras.
“O OnlyFans veio para trazer um certo glamour, mas também uma padronização desse mercado. Hoje minha empresa foca na produção de eventos e até montei um curso sobre a plataforma”, explica.
Objetificação x liberdade financeira 5m7110
O OnlyFans se tornou a principal fonte de renda de Ana e possibilitou a realização de sonhos dela e da família.
“Nunca imaginei ganhar mais de R$ 100 mil por mês. Eu não tenho faculdade, não via um futuro próspero… mas quando falei sobre sexualidade sem vergonha, percebi que havia muita gente carente deste tipo de conteúdo”, comemora Ana.
Ainda assim, muitas pessoas acreditam que o OnlyFans contribui para uma objetificação do corpo da mulher. Segundo a pesquisadora Beatriz, o assunto ainda é tabu em vários meios, principalmente por conta de preconceitos estruturais.
“A colonização do pensamento trancafiou o desejo como algo ruim, que deve ser censurado”, explica.
Sobre o podcast tdf
Abrindo espaço para os assuntos que permeiam o dia a dia das mulheres, o podcast aDiversa vai ao ar todas as sextas-feiras, às 7h. O programa apresentado por Luciana Barros tem pegada leve e divertida, mas sem deixar de lado a informação.