A estudante Juliana Jacinto teve uma surpresa desagradável durante o café da manhã nesta segunda-feira (21). Ao se servir com um suco, ela se deparou com uma espécie de “gosma” de cor verde saindo de dentro da embalagem.
Em publicação divulgada no Facebook, Juliana, que é estudante de jornalismo na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e moradora do município de Itanhanhém (SP), fez o relato da experiência.
“Esse negócio verde ficou preso na abertura (da embalagem). Então, peguei uma pinça e comecei a puxar para ver o que era isso. A parte verde, que parece uma capinha, começou a rasgar e, conforme eu fui puxando, dentro tinha uma ‘geleca’ bege, parece pele de cobra, mas não tenho certeza”, relatou.
Ela ainda contou que começou a tomar o suco no dia anterior e que teve dor de barriga durante a noite. Juliana atribuiu as dores ao suco somente na segunda-feira, quando encontrou o objeto dentro da embalagem.
Após o ocorrido, a estudante afirma que entrou em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da Coca-Cola, empresa dona da Ades. “Uma atendente ligou dizendo que iriam vir recolher os sucos que ainda tínhamos em casa até quinta-feira, tirando o que eu tomei ontem e hoje, ainda têm outros dois do mesmo lote fechados”, disse.
Além disso, a colaboradora da empresa informou que poderia escolher entre receber três novas caixas do suco ou a compensação pelo que foi pago, algo em torno de R$ 16.
“Eu conversei apenas pelo telefone com o SAC, mas a atendente falou que provavelmente era mofo”, contou Juliana.
Suspeita do que seria a gosma 243k1m
A Coca-Cola Brasil informou à reportagem do ND+, nesta terça-feira (22), que a aparência do produto demonstrada nas fotos “é em geral relacionada ao desenvolvimento de bolor em momento posterior à produção e distribuição”.
A empresa detalha que o bolor – ou mofo -, é causado por microrganismos e pode se desenvolver quando ocorre alguma falha no manuseio, transporte ou armazenamento da embalagem – que é asséptica, ou seja, isenta de qualquer tipo de contaminação na condução normal desses procedimentos.
“Se a embalagem da bebida for danificada, isso permite a entrada de oxigênio e dos microrganismos causadores do bolor. A embalagem em perfeito estado é a principal barreira de proteção da integridade do produto”, afirma.
A Coca-Cola ainda destaca que a fabricação do Ades cumpre rigoroso controle de qualidade. “A planta de Pouso Alegre (MG), onde são produzidas as bebidas à base de soja da marca, segue todos os requisitos internacionais de segurança de alimentos, além de todas as legislações sanitárias do país”.
“As embalagens são recebidas em bobinas fechadas e as caixinhas são formadas somente na hora do envase dentro de um ambiente totalmente fechado e asséptico, sendo impossível a entrada de qualquer material estranho”, completa o comunicado.
A empresa ainda acrescenta que todas as etapas de fabricação são acompanhadas por técnicos que verificam se as embalagens são montadas da forma correta, se há vazamentos, se a tampa está corretamente colocada e se todos os itens têm o código do produto.
“O processo conta com análise de microbiologia, que assegura a não contaminação por microrganismos na produção. As bebidas ficam armazenadas por cinco dias até que o resultado dessa análise esteja de acordo com as normas e só então são liberadas para o mercado. Nossa área técnica trabalha no rastreamento e exame do lote ao qual pertence a embalagem mencionada”, finaliza a nota.