Uma cena inusitada tem chamado a atenção em Palhoça, na Grande Florianópolis. Um homem tem sido visto perambulando pelas ruas e estabelecimentos do município usando um chapéu de chifres.
Ele já foi flagrado no ônibus, lanchonete e até em agência bancária. Mas, qual é a história por trás desse “chifrudo” que parece não se importar com os olhares de curiosidade?

Quem veste com orgulho o ório um tanto incomum por conta do estigma é Fernando Luiz Moreira Costa, de 25 anos. Ele é natural do Amapá, no Norte do país, e há quase dois meses mora no bairro Madri, em Palhoça. Fernando trabalha como freelancer e recreador de festas, com o personagem Tio Caneco.
Costa conta que desde pequeno quer ser artista e alcançar a fama. Ainda no Amapá, mesmo sem o apoio da família, ele começou a usar fantasias e criar personagens.
O recreador revela que chegou a participar de um programa de entretenimento em uma emissora de TV no Amapá. Ele também lançou um canal no YouTube.
“Eu sempre gostei de me fantasiar e saía pelas ruas da minha cidade até vestido de palhaço. Fui testando as fantasias e vendo o que repercutia mais”, relembra. Certo dia, Fernando se deparou com um chapéu de Viking e resolveu apostar no item.
“Foi aí que realmente comecei a chamar a atenção das pessoas. Desde o primeiro dia que usei o chapéu, as pessoas começaram a me parar na rua e zoar comigo. Eu me divirto! Virei até figurinha do WhatsApp”, conta.
Segundo o recreador, a brincadeira atraiu a atenção de influenciadores do Amapá e até do comediante Whindersson Nunes, natural do Piauí.
Mudança para Palhoça 4m2m57
Fernando se mudou para Palhoça estimulado por um amigo, que mora no município há cerca de um ano. Ele diz que chegou a questionar se a atitude ousada iria “bombar” por aqui.
Mesmo com receio, o recreador não deixou os chifres de lado e continua usando o chapéu em seus deslocamentos do dia a dia. Tanto é que uma foto sua com o item no ônibus foi parar no perfil “Palhoça Mil Grau” no Instagram.
Fernando considera que a atitude é uma espécie de ação de marketing para trazer mais visibilidade ao seu trabalho como recreador e youtuber.
“O chapéu de chifres é mágico. As pessoas gostam de chifres. Deve ser porque todo mundo já levou ou já meteu um. Se as pessoas estão se divertindo, eu estou me divertindo. Meu maior objetivo é levar alegria aos outros”, afirma.