Apesar de ter ocorrido em Brasília (DF), o caso do morador de rua que foi espancado por um personal trainer depois de ser flagrado tendo relações sexuais com a mulher do educador físico na última quarta-feira (9), repercutiu no Brasil inteiro e redeu alguns “memes”, ou seja, “piadas” nas redes sociais.
Além das pessoas que compartilharam o caso, muitas empresas utilizaram o fato para uma “promoção” e movimentação nas redes sociais. Como é o caso de uma loja de Itajaí, que atende grande parte do Litoral Norte de Santa Catarina.

Na postagem na internet a loja, que é focada no público feminino, sugere que o melhor lugar para garantir o presente da “cheirosa” é lá, utilizando a foto do morador de rua de forma indevida.
Questionada se o fato, mesmo envolvendo violência e polícia, é uma oportunidade de marketing positivo, a empresa não respondeu aos questionamentos do ND+ até às 13h15.

Outras pessoas e empresas compartilharam o fato de forma escrachada zombando da situação que é investigada pela Polícia Civil e envolve até acusação de estupro.
Entenda o caso 3p139
O caso de agressão foi registrado na última quarta-feira (9), no bairro Jardim Roriz, em Planaltina, no Distrito Federal e está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal.
A mulher que foi flagrada pelo esposo, que é personal trainer, fazendo sexo com um morador em situação de rua acabou internada em um hospital após o incidente. A informação foi revelada pelo esposo da mulher que alegou que ela tenha sido vítima de um estupro.
Homem espanca morador de rua após encontrá-lo transando com sua esposa no carro – Vídeo: Reprodução/ND
Segunda a advogada do casal, em entrevista ao Uol Notícias, a mulher está internada em um hospital particular recebendo e clínico e psiquiátrico, conforme protocolo de atendimento para esse tipo de violência.
O vídeo que mostra o personal trainer, de 31 anos, espancando o morador de rua após flagrá-lo tendo relações sexuais com sua esposa viralizou na internet. Após a repercussão, o personal, de 31 anos, divulgou uma nota de esclarecimento.
Em nota enviada ao Uol Notícias, o personal alegou que a mulher teve um surto psicótico e, por isso, não houve uma relação extraconjugal consentida. Ele ainda definiu o que a esposa ou como “algo terrível”.
“Sempre foi uma mulher honesta, trabalhadora, temos atividades profissionais e filhos pequenos. O que aconteceu na última quarta-feira foi algo terrível que nunca havíamos vivenciado. Seguimos confiantes no trabalho de investigação da Polícia Civil do DF e do Ministério Público do DF”, disse.
Uma foto publicada na internet mostra a esposa entregando uma Bíblia ao homem horas antes do ocorrido. Com a repercussão do caso, os perfis do casal foram excluídos das redes sociais.
O que diz a mulher 2f4g4o
O caso foi inicialmente atendido pela PM (Polícia Militar). Conforme informações da PM, a mulher disse que as relações sexuais foram consentidas. Uma testemunha ouvida pela Polícia Civil confirmou esta versão.
Em áudios enviados a uma amiga, a mulher disse que, em um primeiro momento, o morador de rua pediu doações. “Me deu vontade de dar um abraço nele”, falou. Em seguida, ele pediu para fazer carinho nos pés dela. “Eu senti uma coisa tão boa”, contou a esposa do personal. A mulher também relatou ter tido visões durante o ocorrido. “Às vezes, eu o enxergava como Deus, às vezes como (nome do marido)”, afirmou.
Em via pública, os dois teriam trocado carinhos e se beijado em frente à sogra da mulher. “É o meu propósito, deixa eu receber o meu propósito”, disse a mulher à mãe do personal. Em seguida, os dois foram a um local mais reservado. “Fui procurando pela rodoviária um lugar escuro e vazio pra gente ficar junto. Eu senti a necessidade de deixar ele entrar no meu carro”, declarou a mulher.
Morador de rua nega estupro 5u1935
À Polícia Civil, o morador de rua, de 48 anos, disse que por volta das 21h30 de quarta-feira (9), um carro parou nas proximidades da escola paroquial. No veículo estava a mulher do personal trainer, que teria pedido para ele se aproximar.
“Vamos brincar?”, teria dito a mulher. O morador de rua afirmou ainda que foi convencido por ela e que, enquanto estava tendo relações sexuais com ela, o marido da mulher chegou e ou a agredi-lo. O homem declarou ainda que não conhecia a mulher e que não a estuprou.