Empresários são alvos de ação da PF em SC por ordem de Alexandre de Moraes 473g4v

Operação é coordenada por Brasília e cumpre mandados em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul 5b2n6h

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23) oito mandados de busca e apreensão em endereços de empresários que teriam compartilhado mensagens com teor golpista em grupos de Whats App. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e executada em cinco estados: Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

Empresários são alvos de buscas e apreensão a pedido de Alexandre de Moraes  – Foto: Arquivo/NDEmpresários são alvos de buscas e apreensão a pedido de Alexandre de Moraes  – Foto: Arquivo/ND

O inquérito investiga se os empresários teriam defendido estratégias golpistas caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhasse as eleições deste ano. A ação é resultado de mensagens trocadas em grupos de Whats App pelos alvos, divulgadas em uma matéria do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, em 17 de agosto.

Os empresários são Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), André Tissot (Grupo Serra), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).

Luciano Hang se posicionou em relação ao cumprimento de mandados em sua residência em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, e em Brusque, na sede istrativa da Havan, no Vale do Itajaí. Por meio de nota, ele afirmou estar “tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros”.

Outro mandado foi cumprido em Garopaba, Sul de Santa Catarina, contra o empresário Marco Aurélio Raimundo, conhecido como Morongo. Ele confirmou que foi contatado pela Polícia Federal, ainda desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Luiz André Tissot, do Grupo Serra, informou que “a empresa e o presidente da companhia não irão se manifestar sobre o tema”.

José Koury também se manifestou por meio de uma nota divulgada pela assessoria; confira na íntegra!

“Os comentários que eu fiz num grupo privado de amigos, não foi feito pelo Barra World. Achamos estranho que todas as matérias mencionem em destaque as empresas das pessoas físicas. Entendo que o Ministro Alexandre de Moraes tomou a decisão que lhe pareceu correta, após receber denúncias e tomar conhecimento das matérias publicadas na imprensa. Os prints exibidos pela mídia foram usados completamente fora do contexto em que foram postados.

O referido grupo de WhatsApp tem mais de 200 participantes, de diversas ideologias políticas, num amplo espaço de debate, plural e democrático. As pessoas que estão no grupo comentam vários assuntos, emitem opiniões, divergem e discutem sem a menor preocupação de serem mal interpretadas. Possivelmente, se você faz parte de algum grupo, sabe disso.Pensar em organizar uma “conspiração” dentro de um grupo de WhatsApp com cerca de 200 pessoas com tendências políticas de esquerda, direita e até mesmo de centro, onde a maioria nem se conhece, me parece uma teoria muito fantasiosa. Eu por exemplo, só conheço pessoalmente duas ou três pessoas do grupo.

Tenho 64 anos, trabalho pelo menos 12 horas por dia desde os 16 anos de idade, e sempre fui defensor da DEMOCRACIA e da livre liberdade de expressão e de pensamento. No grupo estão reunidos empresários e executivos que geram milhares de empregos, homens de bem, que têm família, pagam impostos e batalham muito para tornar o Brasil cada dia melhor. Aquele que for eleito, seja de que partido for, terá nosso apoio integral”.

O ND+ entrou em contato com os demais empresários citados na reportagem, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido retorno. As atualizações serão feitas ao longo do dia nesta matéria.

Veja a nota da defesa de Luciano Hang na íntegra

O empresário Luciano Hang foi surpreendido na manhã de hoje [terça-feira, 23] com um mandado de busca e apreensão expedido pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Luciano estava trabalhando em sua empresa, às 6h da manhã, quando a Polícia Federal o abordou e recolheu seu telefone celular.

O inquérito foi cumprido por causa da matéria publicada na coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, no dia 17/08, com o título: “Exclusivo. Empresários bolsonaristas defendem golpe de Estado caso Lula seja eleito; veja zaps”.

O empresário reafirma que a matéria foi irresponsável e não retratou a verdade. “Eu nunca falei de STF ou de golpe. O jornalista, de forma leviana e sensacionalista, usou trechos desconexos de conversas e a tirou de contexto”, afirma.

A fala de Luciano no grupo Empresários & Política foi a seguinte: “Mais 4 anos de Bolsonaro, mais 8 de Tarcísio e aí não terá mais espaço para esses vagabundos”, disse se referindo aos políticos conhecidos e que estão há décadas no poder. A mensagem de Luciano foi uma resposta à fala do empresário Roberto Mota, que falava sobre eleições e não sobre poderes.

Segue fala do empresário na íntegra: “Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil. Segue minha conversa com o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, na quinta-feira, dia 18/08, próximo às 18h, onde ele mesmo reconhece que eu nunca falei sobre golpe de Estado:

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