O Juiz da Comarca de Pinhalzinho, Caio Caio Lemgruber Taborda, converteu a prisão em flagrante do suspeito dos crimes em Saudades em prisão preventiva.

Ele atendeu também ao pedido da Polícia Civil para quebra de sigilo de dados, que possibilita a análise de videogame, pen drive e computador apreendido na residência do rapaz de 18 anos que invadiu uma creche ontem no município.
O promotor de justiça da comarca, Douglas Dellazari, se manifestou pela prisão preventiva. A defesa foi feita pelo advogado nomeado, Kleber dos os Jardim, do município de Papanduvas, região Norte catarinense.
O defensor dativo solicitou averiguação de sanidade mental já que o agressor apresenta traços de psicopatia.
O pedido foi indeferido pelo juiz. Em decorrência da pandemia de Covid-19 as audiências de custódia estão suspensas em todo o estado. Porém, as partes têm o mesmo direito de manifestação, que são anexadas ao processo, para posterior decisão da Justiça. Tudo é feito pela internet.
Na decisão, o magistrado considerou que a prisão preventiva “se justifica por sua tríplice finalidade: é providência de segurança, garantia da execução da pena e asseguradora da boa prova processual”. E que “a prisão é necessária para garantia da ordem pública em especial porque a autoria delitiva recai sobre o acusado, sendo ele, em tese, responsável pela morte violenta e cruel de 5 (cinco) pessoas, quais sejam, duas professoras […] e três crianças de tenra idade, […], as quais possuíam em torno de um ano a dois anos de idade”.
O caso tramita em segredo de justiça na comarca de Pinhalzinho que atende à demanda de Saudades e Nova Erechim. De acordo com informações da assessoria de imprensa do Hospital Regional do Oeste, onde o agressor está internado, o rapaz ou por cirurgia e segue em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo. Após alta hospitalar, será encaminhado para unidade prisional onde permanecerá até conclusão do processo e julgamento.