O acusado, de 18 anos, que será julgado pela chacina na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades (SC), será ouvido presencialmente na audiência e não mais por videoconferência como estava previsto. A informação foi confirmada, com exclusividade ao Grupo ND, pelo TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), nesta sexta-feira (6).

A sessão, que antecede o julgamento que deve ocorrer ainda neste ano, está marcada para acontecer em Pinhalzinho, no Oeste catarinense, em 24 de agosto. Além do réu, denunciado por 19 crimes de homicídio, entre consumados e tentados, outras 14 testemunhas serão ouvidas.
A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas até a publicação desta matéria não teve retorno.
Primeira audiência 515z6m
Na tarde de quinta-feira (5) aconteceu a primeira audiência de instrução e julgamento do processo sobre a chacina, que aconteceu em maio deste ano. Na ocasião, seis vítimas e sete testemunhas foram ouvidas na sala iva do fórum da comarca de Pinhalzinho.
De acordo com o TJSC, os depoentes pediram para não aparecer em fotos ou filmagens. Ainda conforme o TJSC, com o andamento das oitivas, o nervosismo deu lugar à emoção.
As seis vítimas foram as primeiras a falar. Uma por vez, cada uma contou o que viveu naquele 4 de maio na escola infantil Pró-Infância de Aquarela. Na ocasião, os depoimentos duraram cerca de 2h30. Na sequência, foram ouvidas sete testemunhas, onde outras duas desistiram de participar. A audiência terminou por volta das 18h.
Apenas o depoente, a assessora jurídica e um estagiário ficaram na sala iva. O juiz Cario Taborda, responsável por comandar os trabalhos, promotor e advogado participaram via internet, de seus locais de trabalho.
Relembre o caso 2i3m4n
O jovem de 18 anos invadiu a escola infantil Pró-Infância Aquarela na manhã do dia 4 de maio. Armado de uma katana, uma espada japonesa, ele golpeou uma professora e uma agente educacional. Além disso, quatro crianças menores de dois anos também foram feridas. Três morreram.

Após o fato, ele ainda desferiu golpes com arma branca contra o próprio corpo. Em seguida, foi levado ao hospital em estado grave, recebendo alta dias depois.
O único sobrevivente do ataque foi um bebê de um ano e oito meses. A criança teve alta do hospital após seis dias e ou por uma cirurgia no pulmão.