Ao completar três meses da 4ª fase da Operação Mensageiro, o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) aceitou as denúncias do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e tornou cinco prefeitos réus nesta quinta-feira (27).

Os prefeitos presos na 4ª fase foram julgados nesta quinta: de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB); de Ibirama, Adriano Poffo (MDB); de Schroeder, Felipe Voigt (MDB); de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (MDB) e de Major Vieira, Adilson Lisczkovski (Patriota).
A desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer negou o pedido de revogação de prisão de Poffo e Tamanini. Entre os prefeitos, Adilson Lisczkovski foi o único a confessar parte dos crimes. As informações são do repórter da NDTV, Felipe Kreusch.
Na deflagração da 4ª fase, oito prefeitos de Santa Catarina foram presos em abril e aram por quase cinco horas de audiência de custódia em Florianópolis.
Os 18 mandados de prisão, que envolviam também gestores dos municípios, foram executados por 123 policiais, com 51 viaturas, acompanhados por cinco promotores de Justiça.
Conforme a denúncia do MPSC, os prefeitos são suspeito sde receber propina para favorecerem a empresa de saneamento Serrana, atual Versa Engenharia, na prestação de serviços nos respectivos municípios.
O que dizem as defesas dos réus m174q
A defesa do prefeito de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB), afirma que o cliente é inocente e que pediu a revogação da prisão preventiva, mas foi negada. O advogado Geancarlo Castela pretende, então, tomar as medidas que considera adequadas.
Já a defesa de Felipe Voigt (MDB), prefeito de Schroeder que segue em prisão domiciliar, diz que o recebimento da denúncia é uma etapa formal do processo, que agora ará à fase de oitivas de testemunhas e coleta de provas. Além disso, diz que “segue confiante de que os fatos imputados serão esclarecidos para que, ao final, reste a absolvição”.
O advogado de Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama, Bernardo Fenelonde, diz que tem plena convicção de sua inocência. O aceite da denúncia é a “continuidade a uma grande injustiça que vem sendo cometida há quase 90 dias”, aponta.
“A denúncia está respaldada em uma suposição do Ministério Público que não se sustenta, até mesmo porque todos os delatores do Grupo Serrana são uníssonos em afirmar que o Prefeito Adriano Poffo jamais praticou qualquer ato ilícito”, afirma Fenelon. Poffo irá recorrer da decisão.
O advogado Luís Gustavo Silva, que representa Adilson Lisczkovski (Patriota), prefeito de Major Vieira, diz que a denúncia foi recebida e vai seguir com a instrução do processo.
O prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (MDB), foi o único réu que não se manifestou.