O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou habeas corpus do ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso após atirar granadas e tiros contra policiais federais. Os policiais cumpriam um mandado de prisão contra ele no último dia 27.

Assinada em 3 de novembro, a decisão de Fachin não analisou o pedido de liberdade e entendeu que o recurso era “incabível por razões processuais”. Entre eles, não ter sido solicitado pela defesa de Jefferson. O pedido foi protocolado por um advogado de Tupã (SP).
De acordo com a Agência Brasil, Jefferson está no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro.
Granadas 2d6238
O delegado federal Marcelo Cortes Villela relatou que o ex-deputado lançou três granadas na parte traseira da viatura e que, em ato contínuo, “puxou um fuzil que estava escondido e começou a atirar”. Os tiros perfuraram os bancos e a lataria da viatura.
Outro agente, o escrivão da PF Daniel Queiroz Mendes, relatou que, após o ataque de Jefferson, atirou na direção do ex-deputado, segundo ele, “para cessar a violência”.
Logo em seguida, o cunhado de Roberto Jefferson chegou ao local e levou os agentes feridos ao hospital mais próximo, em Levy Gasparian, mas, por falta de estrutura na unidade de saúde, foram transferidos para um hospital em Três Rios, a oito km do local.
A policial Karina Lino ficou ferida na testa, braços, pernas e bacia. O delegado Marcelo foi socorrido com estilhaços na cabeça. Eles receberam atendimento médico e foram encaminhados para exames no Instituto Médico Legal (IML).
Depoimento de Roberto Jefferson 3n394h
No depoimento de Roberto Jefferson, ele diz que “se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil com mira”. O ex-deputado disse ainda que já teve mais de 100 armas de fogo, mas que atualmente tem entre 20 e 25 armas. Ele contou que se desfez das armas de grosso calibre após ter a residência assaltada por integrantes do Comando Vermelho.
Ainda segundo Jefferson, ele também tem armas dentro de um cofre de hotel em que é mensalista, em Brasília, e que todas são registradas no Exército.
Roberto Jefferson já estava em prisão domiciliar por ameaçar e realizar ataques pelas redes sociais contra a Corte e seus ministros. Na oitiva, ele confirmou que atirou a granada e disparou mais de 60 tiros de fuzil contra os agentes, mas disse que não tinha a intenção de matar.