Acontece nesta quarta-feira (15), a partir das 8h30, o julgamento de Neylor Eduardo de Siqueira Dias. Ele é acusado de matar a ex-namorada, a modelo e cabeleireira Daiana dos Santos, a facadas em novembro de 2020. O Tribunal do Júri acontece na comarca de Blumenau, com sessão presidida pelo juiz Eduardo old Reis, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca municipal.

O advogado da família e assistente de acusação, Alexandro Roberto Maba, explica que a pena mínima vai de 12 a 30 anos de prisão, mas que a família busca a condenação do acusado pelo crime e acredita que todas as quatro qualificadoras serão aceitas pelos jurados.
“Diante de todas as provas que constam no processo, acredita-se que o acusado seja condenado. Acreditamos e trabalharemos para que a pena fique no mínimo entre 23 a 25 anos pressão”, diz.
Mas explica que, independentemente da pena, o réu vai ser condenado a 12 anos de prisão. “E por ser o feminicídio, considerado um crime hediondo, ele tem que cumprir 50% da pena preso. Mesmo que recorra, ele permanecerá preso enquanto aguardar o julgamento do recurso”, esclarece.
A tia de Daiana, com quem ela morava em Blumenau, Julsandra Martins da Silva, diz que a expectativa da família para o julgamento é grande, mas que eles não estarão presentes por morarem em Minas Gerais, Estado natal da modelo.
“Estamos há mais de um ano esperando esse dia chegar. Eu estou bem nervosa com tudo isso. Que a justiça seja feita, é um sofrimento muita grande, ela morava comigo e a dor é a mesma desde aquele dia 26 novembro”, diz.
A reportagem do Portal ND+ entrou em contato com o advogado do réu, Leocir Carneiro. Ele informou que estava indo ao Presídio Regional de Blumenau conversar com o acusado e que daria retorno, mas até o fechamento desta matéria não entrou em contato.
Relembre o caso 2i3m4n
Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), na manhã daquele dia, a vítima chegava para trabalhar em um salão de beleza localizado no bairro Victor Konder, região central de Blumenau, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro. Ela foi atingida por 18 golpes de faca no tórax e pescoço, ferimentos que causaram sua morte. O processo tramitou sob sigilo.
Em novembro de 2021, Neylor teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Antônio Saldanha Palheiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).