O acusado de matar a tiros Barbra Amorim Lacerda, em ville, foi condenado a 30 anos de prisão na segunda-feira (7). O crime, que aconteceu em 2021, foi motivado pelo término do relacionamento entre o homem e Barbra. Ela foi morta em plena luz do dia no bairro Itaum. A ação foi registrada por uma câmera de segurança.

Adriano de Borba foi condenado por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, perigo comum e feminicídio. Ele deverá cumprir os 30 anos de reclusão em regime fechado. O juízo também manteve a prisão preventiva e definiu que ele não terá o direito de recorrer em liberdade.
O promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, que representou o MPSC (Ministérios Público de Santa Catarina) na sessão de julgamento, sustentou que “o ataque foi caracterizado como feminicídio, devido à condição de gênero da vítima e à relação doméstica e familiar que mantinham.”
Ele ainda argumentou que a ação criminosa colocou em risco a segurança pública, com tiros disparados em plena luz do dia, em uma área movimentada, a poucos metros de uma pedestre com um bebê e outra criança.
Relembre crime u2an
O crime aconteceu em 21 de outubro de 2021. Segundo a denúncia, Barbra manteve um relacionamento com Adriano durante sete anos. Após o fim do relacionamento, o homem cometeu o crime contra a vítima, à época com 32 anos. Barbra tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro.
De acordo com a investigação, Adriano foi ao encontro de Barbra na oficina que ela era proprietária na zona Sul da cidade. O momento foi registrado por uma câmera de monitoramento.
Imagens mostram o momento em que Barbra foi morta – Vídeo: Divulgação
ava das 17h20 quando uma caminhonete preta, que estaria sendo conduzida por Adriano, surge nas imagens. Após uma movimentação estranha, ele aparece na calçada segurando a vítima e, então, dispara tiros na ex-companheira. Com a vítima já caída no chão, o autor efetuou mais disparos.
Outras pessoas aparecem nas imagens. Uma mulher, que ava pelo local com duas crianças e sai correndo quando percebe a agressão. Um homem – que, segundo a família de Barbra, é irmão do suspeito – tenta impedir a ação.
Condenado fugiu após matar a tiros ex-companheira 6o5w4j
Após o crime, Adriano, com 42 anos na época, fugiu do local. A Justiça, então, expediu um mandado de prisão preventiva. A Delegacia de Homicídio descobriu que ele estaria na fronteira com o Paraguai.
Apenas em 2023, Adriano foi preso pelo Interpol por violência familiar. Depois, em 2024, foi preso em ville devido ao feminicídio de Barbra.

Quem era Barbra Amorim Lacerda 4m6a59
Barbra era mãe de uma menina de apenas três anos na época do ocorrido. Ela trabalhava, além da oficina, em um salão de beleza onde oferecia serviços diversos como manicure, cabelo e design de sobrancelhas. O salão de beleza era seu, e ela era conhecida pelos amigos pelo seu espírito empreendedor.
Segundo pessoas que conviviam com Barbra, ela avisou à unidade escolar da criança que havia sido vítima de agressão pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. A filha, inclusive, teria comentado a situação com professoras.
Além disso, segundo a Polícia Militar, Barbra já havia registrado um boletim de ocorrência contra o réu, já por uma tentativa de feminicídio. O ex-marido de Barbra já tinha agens policiais por este crime, além de dano, lesão corporal e tentativa de latrocínio.
