A família do prefeito de Itapoá, Marlon Nebuer (PL), que é réu por causa de investigações da Operação Mensageiro, teria se envolvido no esquema de corrupção da coleta de lixo do município do Litoral Norte catarinense. Em depoimento nesta segunda-feira (29), o delegado Fabiano dos Santos Silveira explicou que os pagamentos de propina feitos a Marlon eram entregues ao cunhado.

Amilton José Reis, cunhado de Marlon e empresário em Brusque, era quem recebia a propina em nome do prefeito de Itapoá. Ele também foi preso e é réu pela Operação Mensageiro.
Ainda conforme o depoimento de Silveira, antes mesmo de assumir a Prefeitura de Itapoá, em 2017, Marlon já havia firmado acordo com a empresa Serrana para participar do esquema de corrupção.
Teria sido Marlon quem procurou a empresa para dar início ao “negócio”. Em seu primeiro pagamento, o valor pago a Marlon foi de R$ 150 mil, segundo depoimento.
Ainda segundo Fabiano, as investigações em Itapoá foram iniciadas após o Gaeco identificar que Itapoá era um dos principais clientes da Serrana. Por isso, poderia também haver esquemas de corrupção que já haviam sido identificadas em outras cidades.
Impeachment 5ad2v
Preso desde o dia 9 de dezembro do ano ado pela Operação Mensageiro, Marlon também está enfrentando um processo de impeachment no município.
A abertura do processo de impeachment foi aprovada por unanimidade no começo de maio pelos vereadores de Itapoá. Neuber é suspeito de receber propina para favorecer empresa de saneamento na prestação de serviços na cidade.
Ele foi preso em 9 de dezembro de 2022, na 1ª fase da investigação. Mesmo preso, Marlon Neuber manteve seu mandato, pois pediu afastamento temporário do cargo em duas ocasiões, recebendo aprovação dos vereadores.
Assim, o vice-prefeito Jeferson Garcia (MDB), comanda o município interinamente desde a prisão de Neuber.