A Justiça autorizou a devolução de R$ 6,7 milhões aos cofres públicos de municípios lesados pelo esquema de corrupção na operação Patrola. Ao todo, 180 prefeituras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberão os valores atualizados.

Conforme o juízo da comarca de Tangará, no Meio-Oeste de SC, mais de R$ 2 milhões já foram depositados nas contas indicadas pelas cidades abrangidas.
Na movimentação mais recente da operação, o juiz autorizou o uso do dinheiro depositado no processo, conforme decidido nas colaborações premiadas, retornassem às contas municipais de forma integral e com as devidas correções monetárias e juros.
Conforme o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), entre os municípios que serão ressarcidos, 92 são de Santa Catarina e 88 do Rio Grande do Sul.
Os valores variam entre R$ 2.380,46, para Augusto Pestana, no Rio Grande do Sul, e R$ 231.237,74 para Tangará, em Santa Catarina.
Relembre a Operação Patrola 2f2f1h
A Operação Patrola foi desencadeada em fevereiro de 2016 e apura crimes de organização criminosa, fraude em licitações e crimes contra a istração pública.
Na primeira fase da operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. Na segunda, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária, 25 de busca e apreensão e três de condução coercitiva em municípios da Serra, Meio-Oeste, Oeste e Extremo Oeste Catarinense.
A ação desvendou um esquema de corrupção na venda de máquinas pesadas em municípios catarinenses e gaúchos com superfaturamento, fraude à licitação, corrupção ativa e iva.
Conforme as inúmeras sentenças, o esquema criminoso era relativamente simples, mas extremamente eficiente, e se repetiu em diversas partes dos dois estados.
Segundo o TJSC, as negociações eram feitas quase que totalmente de maneira pessoal e o dinheiro era entregue em espécie para evitar o rastreamento das autoridades competentes.
Os réus dos processos eram empresários, ex-prefeitos, secretários, agentes públicos vendedores.