Quem são os dois militares poupados pelo STF da acusação de golpe 6s6c5z

O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, considerou não haver indícios mínimos que justifiquem a abertura de um processo criminal contra os dois militares poupados pelo STF 6l5313

Cleverson Ney Magalhães e Nilton Diniz Rodrigues são os dois militares poupados pelo STF da acusação de golpe- Fotos: Assembleia Legislativa Alagoas/DivulgaçãoCleverson Ney Magalhães e Nilton Diniz Rodrigues são os dois militares poupados pelo STF da acusação de golpe- Fotos: Assembleia Legislativa Alagoas/Divulgação

Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou nesta terça-feira (20), a denúncia contra dois militares do Exército pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de terem participado de tentativa de golpe de Estado: o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues.

O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, considerou não haver indícios mínimos que justifiquem a abertura de um processo criminal contra os dois militares, denunciados por fazerem parte do “núcleo de ações coercitivas” da trama golpista. Os outros dez denunciados se tornaram réus.

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Cleverson é coronel da reserva do Exército, com formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”. Foi assessor de Estevam Theóphilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) – que se tornou réu nesta terça-feira.

A defesa do coronel afirmou que ele participou de um “encontro entre amigos” em novembro de 2022, com cerca de 15 pessoas, e que a reunião não foi de cunho político.

Além disso, segundo o advogado, Cleverson apenas teria tomado “conhecimento” sobre o assunto, mas não apoiou ou anuiu a trama golpista.

Nilton é atualmente general do Exército. No final de 2022, era assistente direto do comandante da Força, Marco Antônio Freire Gomes. Também tem formação especial, ou seja, é um “kid preto”. A defesa do general afirmou que ele esteve fora do País na maior parte do tempo que envolveu as articulações do plano golpista, e que seu nome foi citado apenas duas vezes na denúncia de mais de 300 páginas.

O general é irmão da antropóloga Débora Diniz, da UnB (Universidade Federal de Brasília), conhecida por oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na dissertação que defendeu na Escola de Comando do Estado Maior do Exército, em 2013, fez um agradecimento especial à irmã.

“Acabaram sendo denunciados por existiram referências ao nome de ambos e porque um era assessor direto do general Theóphilo e outro assessorava o general Freire Gomes, mas não há nenhuma imputação comprovada”, afirmou Moraes sobre os dois militares.

A decisão sobre os dois militares foi unânime. Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram para tornar réus os outros dez denunciados.

Três dos quatro “kids pretos” presos ano ado integram o núcleo 3 da suposta trama golpista. Dois militares foram poupados da acusação – Foto: Divulgação/NDTrês dos quatro “kids pretos” presos ano ado integram o núcleo 3 da suposta trama golpista. Dois militares foram poupados da acusação – Foto: Divulgação/ND

Denunciados do núcleo 3 5r1v3g

  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército, preso na Operação Tempus Veritatis);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel da reserva);
  • Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre a minuta golpista);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

Outros núcleos denunciados pela PGR 2e1b30

O grupo 3 foi o último a ser denunciado pela PGR na investigação sobre a tentativa de golpe. O STF já aceitou, por unanimidade, as denúncias contra os grupos 1, 2 e 4.

O grupo 1 envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos. O grupo 2 inclui nomes como o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Já o grupo 4 é formado por civis acusados de financiar e apoiar os atos antidemocráticos.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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