
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) depôs na manhã desta sexta-feira (30) à 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo em que ele responde por golpe de Estado.
Tarcísio esteve com Bolsonaro duas vezes no Palácio da Alvorada depois das Eleições de 2022, nos dias 19 de novembro e 11 de dezembro, segundo relatórios da Polícia Federal. “Jamais, nunca”, afirmou o governador paulista ao ser questionado se discutiram o assunto de golpe de Estado durante esses encontros.
O depoimento durou menos de dez minutos e foi por videoconferência. Nele, o ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro respondeu perguntas do advogado de defesa do ex-presidente. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não fizeram nenhum questionamento.
Ao advogado, Tarcísio de Freitas disse ter encontrado depois das Eleições um presidente triste e resignado, preocupado que “que a coisa desandasse”, durante o governo Lula. Ele citou crises, como a pandemia de Covid-19 e a guerra da Ucrânia e defendeu que o governo Bolsonaro conseguiu superar os obstáculos.
Depoimentos do processo de golpe de Estado uo1q
O Supremo Tribunal Federal está ouvindo nesta semana as testemunhas de defesa do ex-presidente Bolsonaro e outros sete acusados do chamado Núcleo I das investigações de golpe de Estado.
As oitivas começaram na semana ada, com falas de testemunhas de acusação indicadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República). As testemunhas de defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foram ouvidas depois.
Além de Bolsonaro, fazem parte do Núcleo I do processo de golpe de Estado: Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; e Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.