As testemunhas do ataque em 5 de abril de 2023 na Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no Vale do Itajaí, começaram a ser ouvidas pela Justiça nesta quinta-feira (5).

Ao todo, serão 16 pessoas ouvidas, sendo que seis já foram ouvidas nesta quinta-feira (5). As outras 10 prestarão depoimento nesta sexta-feira (6).
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), solicitou o que o réu seja julgado pelo Tribunal do Júri por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa das vítimas, todas crianças entre quatro e cinco anos, e com a agravante de os crimes terem sido praticados contra menores de 14 anos.
Ainda conforme o MPSC, o denunciado só não conseguiu matar outras crianças por circunstâncias alheias à sua vontade, especialmente em razão da intervenção das professoras e do rápido atendimento médico. A denúncia foi recebida pelo Judiciário.
A defesa do acusado solicitou um exame de insanidade, que verifica por meio de perícia médica a saúde mental do acusado. Mas o laudo revelou que ele tinha o entendimento de seus atos na época do crime. Após o resultado, a Juíza da 2ª Vara criminal de Blumenau deu sequência aos trâmites regulares do processo e nas audiências para ouvir as testemunhas.
O o seguinte após a audiência de instrução e julgamento envolve a abertura do prazo para as alegações finais. A Juíza também terá que decidir se pronuncia ou não o réu. Se for decidido pela sentença de pronúncia, o acusado vai enfrentar o Tribunal do Júri. Por envolver crianças, o processo corre em sigilo.
Relembre o ataque a creche 123ke
No dia 5 de abril, a Creche Cantinho Bom Pastor, no bairro da Velha, foi alvo de um ataque que matou quatro crianças e deixou outras cinco feridas.
Um homem de 25 anos pulou o muro da instituição e tirou a vida das crianças ao agredi-las com uma machadinha. Ele se entregou à polícia logo após cometer o crime.
O ND+ não irá publicar os nomes do autor e das vítimas do ataque, assim como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o protagonismo de criminosos.