O novo livro da escritora J. K. Rowling, da famosa saga Harry Potter, vem causando polêmica entre os leitores. A obra “The Ink Black Heart” acabou de chegar às livrarias norte-americanas e acompanha um personagem que é perseguido por ser racista e transfóbico.
J.K. Rowling foi alvo de críticas dos leitores após declarações preconceituosas – Foto: Internet/Divulgação/NDA trama mostra um investigador tentando desvendar os detalhes do assassinato de Edi Ledwell, criadora de uma famosa animação no YouTube com temática racista, capacitista e transfóbica, que era perseguida na Internet.
A personagem chegou a receber ameaças de morte e estupro. Segundo a revista Rolling Stone, que teve o antecipado ao livro, a intenção da autora era criticar as campanhas de ódio propagadas nas redes sociais contrárias à pessoas com ‘diferentes opiniões’.
O enredo é fictício, mas poderia facilmente ser confundido com uma história real. Isso porque a própria autora coleciona acusações de transfobia nas redes sociais.
É de uma tristeza sem fim ver o que a #JKRowling se tornou! Eu ei a minha adolescência inteira sonhando em conhecer essa mulher que hj é uma transfobica e racista e ainda tem coragem de transformar isso em livro para monetizar os seus preconceitos. Que vergonha! #HarryPotter
— Hágatha Guedes (@gathaguedes) August 31, 2022
J. K. Rowling foi ‘cancelada’ pelos leitores após várias declarações polêmicas, que iniciaram em 2019. Em uma delas, a autora defendeu que o gênero está atrelado ao sexo biológico, o que contraria a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em outra publicação, a autora comparou o tratamento hormonal para quem deseja fazer a transição de gênero com a ‘cura gay’, um tratamento de terapia de conversão sexual.
Durante entrevista a um talk show, a autora declarou que o livro foi escrito, editado e finalizado antes das falas preconceituosas.
“O livro não é sobre algumas das coisas que aconteceram comigo no último ano. O primeiro rascunho estava finalizado quando as coisas começaram a acontecer”, relatou a autora.
A editora Rocco, responsável pelos livros de J. K Rowling no Brasil, havia informado em fevereiro no Facebook que a obra será publicada nacionalmente. O título em português ainda não foi confirmado.
Além do livro: o pseudônimo polêmico p1j49
As polêmicas não param por aí. O livro foi publicado sob o pseudônimo de “Robert Galbraith”, um psiquiatra verídico que acreditava ser possível tratar questões de saúde mental de forma física. Ele realizou diversos procedimentos de eletrochoque em pessoas gays na década de 1970.
A nova obra faz parte de uma série chamada “Cormoran Strike”, lançada em 2013. Na época, J. K. Rowling explicou que “Robert” é um de seus nomes masculinos favoritos e “Galbraith” um desejo de infância.
